terça-feira, julho 11, 2006

The Break-up


Não se trata da típica comédia romântica em que tudo corre bem e termina com o happy ending do "viveram felizes para sempre". É justamente aí que começa a saga de Brooke (JenniferAniston) e Gary (Vince Vaughn): a vida a dois e a partilha do mesmo espaço leva-os ao enlouquecimento mútuo e à consequente ruptura inevitável da relação. O bem-estar inicial dá lugar às brigas constantes até que Brooke coloca um ponto final naquilo que tanto quer. Sucedem-se tentativas de remediar a situação como se se tratasse de uma autêntica guerra em que vale (quase) tudo. Ataques furtivos com o objectivo de deixar o inimigo K.O. caem em catadupa, não tendo os resultados esperados. Nada dá certo e a reconciliação deixa de estar no horizonte.
Não deixa de ser estranho que duas pessoas, querendo a mesma coisa, tenham uma maneira diversa de o demonstrar, levando o outro a tirar conclusões erradas. Os timings não coincidem: quando um dá tudo por tudo pela mudança, o outro não está nem ai e vice-versa. Cada um faz os seus "filmes" em relação à vida que o outro leva e com quem se relaciona; no entanto, a realidade revela-se bastante diferente. Os conselhos dos amigos ajudam a induzir em erro. Torna-se díficil viver sob o mesmo tecto com alguém de que se gosta com os nervos à flor da pele em que se diz o que se deve e não quer. Daí que a venda da home sweet home, a única "desculpa" que os une, é inevitável, acabando por cada um seguir o seu caminho. O destino faz das suas e encontram-se algum tempo depois no meio da rua: o click, que em tempos os juntou, parece estar adormecido e só se manifesta num sorriso.
Um filme que vale a pena ver pela mensagem que transmite. Uma relação não é pera doce, mas a falta de comunicação e a teimosia podem conduzir a caminhos que nenhum dos dois queria; no entanto, as suas atitudes demonstraram exactamente o contrário. Boa perspectiva sobre o que se passa na cabeça de cada uma das partes. Em suma, está ali tudo o que se passa numa relação e os stresses são mais que muitos apesar de muitas vezes não terem qualquer razão de ser. Não há nada a fazer quando se gosta de alguém... ficamos, assim, bloqueados!!!

2 comentários:

Deeper disse...

Também fui ver ontem Deia. De facto está lá tudo: a paixão, o amor e a falta de comunicação que pode mesmo levar à ruptura. Num mundo tão virado para o próprio umbigo não fomos ensinados a fazer cedências. Nem nos lembramos que a paz de espírito dos outros se vai reflectir em nós próprios. Adoro o teu blog nina, continua! Bjinhos grandes

Anónimo disse...

Well well ... i've not only seen this "film" at the movies but have lived it myself and seen many people around me living it too. Life really is simple - we just happen to like making it difficult. This film carries itself not by its comedy, but from the message we learn as we watch it .... pity we see and understand the message but as soon as we leave the theatre we continue in our old ways and the message just seems to disappear.

Babes .. always think of the message, if you forget it I'll be there to remind ya :)

Signed : Saw it with ya! :)