sábado, abril 28, 2007

Sua Excelência, o candidato

O senhor da foto dispensa apresentações. Para quem anda distraído (ou menos atento) às maravilhas da natureza humana, trata-se de um galã brasileiro, cataplutado para a fama ao protagonizar a novela da TV Globo Laços de Família. Na vida real, Reynaldo Gianecchini foi casado oito anos com a jornalista Marília Gabriela, 24 anos mais velha. Ilucidados!?!

Eis que os palcos portugueses foram brindados com a sua visita como protagonista da peça “Sua Excelência, o candidato” da autoria de Jandira Martins e Marcos Caruso. Uma divertida comédia política onde Reynaldo Gianecchini funciona como um chamariz para o público, sobretudo feminino. Contudo, o restante elenco "desconhecido" é uma boa surpresa com desempenhos sublimes.

Orlando (Reynaldo Gianecchini) é um jovem candidato a um cargo público e pouco preparado para tal, cuja amante, Laura (Lara Córdula) é esposa de Ezequiel (Paulo Coronato), o chefe político que será responsável pela sua escolha. Acrescente-se uma mãe solteira, Marli (Tânia Casttello), que dez anos depois de conceber o seu filho vem exigir responsabilidades ao pai da criança – exactamente Orlando, o possível candidato. Para culminar, acrescente-se um porta-voz bajulador, Atos (Norival Rizzo), um mordomo-travesti - Eurípedes (Wilson de Santos) - e um sindicalista aguerrido, Kagashima (Massayuki Yamamoto). Melhor é impossível... Uma noite bem passada, sempre a rir. Hilariante!

Durante duas horas, os bastidores da política brasileira são desvendados sem dó nem piedade. A verdadeira face do poder não olha a meios para atingir os seus fins, valendo tudo. Corrupção é a palavra de ordem! Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência... ou não! (cof cof)

terça-feira, abril 24, 2007

À mesa @ Mercearia Vencedora

Os dias minguantes já lá vão, por isso há que aproveitar os longos finais de tarde da época. Lisboa é uma cidade cheia de recantos para o fazer e a escolha torna-se, por vezes, árdua. A beira rio é sempre uma boa opção, sobretudo o spot Jardim do Tabaco (a Santa Apolónia). Nada como beber algo na esplanada para abrir o apetite e contemplar o Tejo, que quase nos beija os pés.
Quando a fome aperta, está na hora da janta na Mercearia Vencedora com especialidades italianas e brasileiras, sendo aconselhável reserva prévia. Se me permitem a sugestão, eis a ementa recomendada por moi-même com conhecimento de causa (ora nem mais!):

Entradas:
Cogumelos gratinados com Manteiga d'Alho
Linguiça Assada

Prato principal:
Picanha com Alho
Acompanha: Batata Assada, Feijão Preto, Arroz, Salada

Bebida:
Sangria (branca ou tinta)

Sobremesa:
Tiramissú

Água na boca!?! Muitaaa... A meu ver, come-se ali a melhor picanha de Lisboa e arredores: cortada fininha e com um leve travo diferente da picanha "normal". O acompanhamento vem em quantidades abissais, alimentando um batalhão.
O serviço é agradável. O ambiente não culmina na algazarra, mas ameaça fazê-lo, havendo sempre um ou outro grupo mais numeroso e animado. Jantar em paz e sossego não será fácil. O espaço é magnífico com uma vista fabulosa e uma decoração minimalista. À luz do dia, deve ganhar outro encanto... Huummm! Fica a sugestão...

quarta-feira, abril 18, 2007

(quase) PERFEITO

by Francisco Gomes 2006-04-17 (foto -reportagem em www.lifecooler.pt)

Hummm... são finais de tarde como os de hoje que nos enchem a alma. Esteve-se muito bem no sexto piso do Bairro Alto Hotel ao Camões. Um cappuccino naqueles sofás, boa conversa e música de fundo de qualidade. Como diria o outro, perfeito perfeito seria uma leve brisa estival em vez do vento gélido (in)suportável que se fazia sentir.
A vista é linda demais: Lisboa com toda a sua luminosidade no auge. Maravilhoso...

by Francisco Gomes 2006-04-17 (foto-reportagem em www.lifecooler.pt)

domingo, abril 15, 2007

Mangiando @ LUCCA

roubada daqui

Situado numa transversal da Avenida de Roma, Lucca é um restaurante de sabores italianos: pizzas, massas, saladas e carne. O nome não foi escolhido ao acaso, tratando-se de uma província italiana localizada no noroeste da belíssima região da Toscana. A ementa apresenta-se em italiano, sendo bastante extensa: antipasti (entradas), primi piatti (primeiro prato), secondo piatti (segundo prato), pizze e calzoni (dobrada ao meio).
Ao fundo do lado esquerdo, tem-se uma vista panorâmica sobre a cozinha onde se preparam as iguarias que deliciam os lisboetas. Daí que seja conveniente reservar mesa sobretudo ao fim-de-semana. Como diria uma amiga, o conceito de Lucca é comer e não estar a jantar. Concordo plenamente! O ruído da sala é ensurdecedor à semelhança dos bares e discos da moda se bem que a música é outra...
Contudo, trata-se do paraíso para os amantes da vera pizza italiana: massa fina, cozida em forno a lenha, bem recheada e com o toque único das ervas aromáticas. Escolher é uma tarefa árdua devido à extensa variedade se bem que as frutas não são um ingrediente utilizado; diz que é uma americanice. Deliciei-me com um calzoni Caserta com muita ricotta, salami e outras coisas mais. Quanto às sobremesas, já não tive estômago para tal, mas a Torta Lucca(tipo tiramissu) não se fica apenas pelo aspecto fantástico, fazendo lembrar os que comi por Itália... Já diz o ditado, "se Maomé não vai à montanha..."; quem venera os paladares italiano (como eu) pode ir satisfazendo os seus desejos no Lucca em pleno centro da capital.
Buoníssimo...

Endereço:
Travessa Henrique Cardoso 19 B - Lisboa
(perto do Hotel Roma)

MÚSICA NO CORAÇÃO


Depois de uma overdose de cinema, eis o regresso ao teatro, assistindo à versão portuguesa de Filipe La Féria, de um dos mais célebres musicais de todos os tempos, em cena no Teatro Politeama, desde meados de Setembro: Música no Coração, de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II. Um sucesso estrondoso que vale a pena ver, sobretudo os fãs da versão cinematográfica da década de 60, imortalizada e interpretada pela actriz Julie Andrews no papel da noviça Maria Rainer e, mais tarde, perceptora dos filhos do Capitão Von Trapp.
O pano sobe e Anabela (a Maria portuguesa) canta "A música nasce no meu coração, é a alma, é a voz da minha emoção" enquanto dança e salta de braços abertos. Surpresa das surpresas: o musical é todo em português mas há um placard luminoso com legendas em inglês por cima do palco. O que não deixa de ser um pormenor curioso... Carlos Quintas é o autoritário Capitão Von Trapp e 21 crianças, seleccionadas entre mais de 500, interpretam em três grupos e alternadamente o clã Von Trapp. Vera Mónica, Joel Branco e Helena Vieira são alguns dos nomes sonantes de um vasto elenco, sendo também de louvar o trabalho de um enorme grupo de técnicos, carpinteiros, pintores, arquitectos e engenheiros na construção dos cenários, bem como dos músicos.
Ao longo de duas horas, embrenhamo-nos na história verídica da família Von Trapp que, depois da II Guerra Mundial, se tornou num ícone de resistência ao terror nazi e símbolo da vitória das democracias e da liberdade. A música é rainha e senhora num desfilar de cantigas que nos enchem a alma, apesar de cantadas em português, invadindo qualquer coração... BRAVO!

quarta-feira, abril 11, 2007

INLAND EMPIRE

... (em maiúsculas como exige o realizador) marca o regresso de David Lynch depois do mítico Mulholland Drive. A nova incursão labiríntica deste grande senhor da sétima arte requer coragem e disponibilidade para embarcar nesta viagem ao longo de mais de três horas, não servindo de nada tentar explicá-lo ou compreendê-lo. Cada um terá a sua interpretação pessoal. Posso dizer que se trata de uma longa-metragem bizarra e estranha... muito estranha! David Lynch no seu estilo incomparável... e alucinante! Para os amantes de charadas cinematográficas...

sexta-feira, abril 06, 2007

300

... é o regresso de Frank Miller ao grande ecrã depois de Sin City - A Cidade do Pecado, combinando actores de carne e osso com cenários virtuais que recriam com pormenor a sua visão singular da história.
300 baseia-se na Batalha de Termopilas em que o Rei Leonidas (Gerard Butler) e 300 Espartanos lutaram até à morte contra Xerxes (Rodrigo Santoro), Imperador Persa, e o seu gigantesco exército. A superioridade numérica não os intimidou; o seu valor e espírito de sacríficio inspirou a união de toda a Grécia contra o inimigo Persa na defesa das fronteiras da Democracia.
A personagem de Rodrigo Santoro, o Imperador Persa, prima pela sua grandiosidade e extraordinária caracterização.
Um filme épico com recurso à tecnologia dos tempos modernos ao seu mais alto nível: efeitos visuais a roçar o hiper-realismo. Deslumbrante, chocante... e surreal!

quinta-feira, abril 05, 2007

DERIVA

Vi as águas os cabos vi as ilhas
E o longo baloiçar dos coqueirais
Vi lagunas azuis como safiras
Rápidas aves furtivos animais
Vi prodígios espantos maravilhas
Vi homens nus bailando nos areais
E ouvi o fundo som das suas falas
Que já nenhum de nós entendeu mais
Vi ferros e vi setas e vi lanças
oiro também à flor das ondas finas
E o diverso fulgor de outros metais
Vi pérolas e conchas e corais
Desertos fontes trémulas campinas
Vi o frescor das coisas naturais
Só do Preste João não vi sinais

As ordens que levava não cumpri
E assim contando tudo quanto vi
Não sei se tudo errei ou descobri

Sophia de Mello Breyner Andresen
, em visita ao La Luna Nera...


Uma grande poetisa que escreveu algures: Viajar é olhar. Só olhar não mente, porque todo o real é verdadeiro. E o meu novo cantinho na blogosfera é tudo isto e muito mais: real, verdadeiro e ímpar... Os meus destinos, as minhas fotos e experiências por esse mundo fora para desvendar aqui... Do you wanna fly with me!?!

quarta-feira, abril 04, 2007

terça-feira, abril 03, 2007

Music and Lyrics

... é uma comédia, dedicada aos amantes de música e de ... Hugh Grant! Confesso que faço parte deste público alvo e sai do cinema com aquela leveza, tão característica de estar de bem com a vida... Um must!!!


O videoclip inicial é de rir à gargalhada, relembrando a pop dos 80's ao melhor estilo Wham: as roupas, a dança, os penteados, os gestos e tudo o mais... A história prima pela simplicidade, não caindo em lamechiches... Uma sátira às bandas de sucesso de uma década mítica, que arrastavam multidões em histeria. Passados 20 anos, todo aquele cenário roça o limiar do rídiculo, mas há quem viva com um pé no passado: Alex Fletcher (Hugh Grant) é o ex-teclista de uma das bandas mais populares dos 80's - Pop -, cujo desmembramento da mesma fez com que passasse a cantar em salas de hotel para fãs já trintonas... e caisse no esquecimento! Até ao dia em que recebe o convite da jovem estrela Cora Corman (Haley Bennett numa réplica perfeita de Britney Spears nos tempos áureos) para escrever e interpretar um dueto: a derradeira hipótese de regresso ao estrelato. Algo que ele simplesmente não consegue fazer... Eis que surge, por acaso na sua vida, a inspiração que lhe faltava na pessoa da "pseudo-jardineira" Sophie Fisher (Drew Barrymore), cuja habilidade com as palavras é útil ao compositor desesperado. A química entre os dois manifesta-se, enfrentando tudo e todos ao som da melodia e das palavras...

segunda-feira, abril 02, 2007

Non-stop

Mais um fim-de-semana que chega ao fim, aproximando-se a temível segunda-feira. O tempo esticou, dando para fazer tudo e mais alguma coisa.
Na quinta-feira, uma despedida de solteira diferente do habitual ou não fosse a futura casada de descendência indiana... Até ganhei uma mão nova =)

A qualidade da foto não é a melhor... Ou não fosse tirada por uma daquelas câmaras de telemóvel! Quem disse que um telemóvel servia só para fazer chamadas!?!

Na sexta-feira, o meu corpo pedia descanso e reclamava as horas de sono que devia à cama. Bendita sesta pré-jantar. Um manjar delicioso num restaurante italiano em Arroios: "Amore Mio"... é mesmo um amor à primeira garfada: massas, sangria e sobremesas divinas. Antes da deita, é tempo de um chá naquele poiso habitual: Magnetic!
E Sábado, foi dia de casamento... o tal indiano! Lindo... Talvez por ser diferente do que estou habituada... aquelas toilettes, danças, hábitos e costumes: Aos noivos, as maiores felicidades deste mundo e arredores nesta nova fase das suas vidas...! Como a noite é uma criança, ainda há tempo para um pé de dança no RS Club (Costa da Caparica)... se bem que ir para a disco toda pipi e com sapatos de casamento tem as suas contrapartidas... Correu tudo bem... Tranquila!
Domingo foi dia de acordar tarde e sair de casa à hora de jantar. Destino: Costa da Caparica! Uma pizza tropical com um batido de morango naturalíssimo... E à noite, foi rir com as férias de Mr Bean, lol! É o regresso à margem norte depois de um fim-de-semana em que fui para fora cá dentro... =)