sábado, maio 23, 2009

Sábado cinzento

O tempo chove-não-chove estava mesmo a pedir algo que não fazia à algum tempo: ir ao cinema. Confesso que já tinha saudades de me sentar na sala escura e deixar-me levar pela história... E que história: Gran Torino, realizado e protagonizado por Clint Eastwood. Uma obra-prima como já não via à algum tempo na sétima arte e posso dizer que sai da sala com uma sensação maravilhosa: as duas horas mais bem empregues do meu dia. Afinal, cinema à séria é coisa que não tem abundado nos últimos tempos.


Um filme que vale a pena ver pelo desempenho carismático de Clint, pela história de uma amizade inesperada, pela lição de humanismo que dá a quem o vir, pelas emoções que nos transmite, pela proximidade das personagens ao espectador, pela forma como nos toca, pela actualidade e realidade que retrata - a personagem de Clint (Walt Kowalski) sente-se um estranho no seu próprio bairro devido à invasão de imigrantes de todas as cores e crenças, acabando por encontrar nalgumas dessas pessoas o consolo que a sua prória família não lhe dá.
O final é comovente e confesso que rolaram lágrimas enquanto a ficha técnica subia no ecrã, ouvindo o sussurrar de Clint enquanto intrepretava a canção-tema do filme (lindo!). Ali fiquei sentada a pensar, a recompôr-me durante uns segundos, que viraram minutos, a digerir o que tinha visto, a reunir forças para me levantar e sair para a realidade que me esperava cá fora.

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