terça-feira, outubro 31, 2006

Um fim-de-semana diferente


... em terras de sua majestade: Londres, a cidade onde é sempre bom regressar mais uma e outra vez até ao fim dos meus dias! Superados os percalços iniciais com direito a uma falsa partida e à ida de uma mala sem passageiro num vôo de uma conceituada companhia aérea portuguesa que nos dá vontade de "Take Another Plane". Tudo se resolveu pelo melhor...
Sábado de manhã, aterro em Heathrow e segue-se a típica viagem pelo labiríntico metro londrino. Almoço típico de fish and chips porque em Inglaterra be british. Uma ida a Portobello Market e o passeio em Notting Hill faz-me sentir uma Julia Roberts em busca do seu Hugh Grant. Paragem junto a Buckingham Palace e passagem pelo Green Park para um coffee acompanhado de um Gingerbread Man, o biscoito em forma de homenzinho que só tinha visto nos filmes. Aperitivos num típico english pub, seguidos de um jantar num italiano típico com buonissima pasta e Lambrusco para acompanhar. London by night tem um mítico encanto sobretudo em Piccadilly Circus. As ruas estão cheias de gente e vêem-se algumas máscaras devido às festas de Halloween (o dia das bruxas, comemorado a 31 de Outubro) que se multiplicam por toda a cidade. Entrada num club e o porteiro não hesita em pedir identificação (Tá visto que a minha aparência deixa transparecer menos anos que o meu B.I., lol). Um cocktail fantástico e o som de qualidade convidam ao dancefloor. Dancing shoes on e "So many times, I’m watchin' you And I fell in love with you" - my favourite song ever - toca só para mim... Regresso a casa no night bus: uma viagem surreal! Os meus pensamentos fazem-me ver que a vida em Lisboa é tão diferente: quando Londres se prepara para adormecer, em Lisboa a noite é uma criança e o raiar do sol é o limite (oh não!), caso o corpo o permita...
Após uma cura de sono, o sunday morning acordou com um sol ao estilo 'tuga', só faltou o calorzinho. Breakfast no inesquecível Starbucks com um delicioso Blueberry Muffin e a última novidade em hot chocolat. YUMMY =)

Uma tarde walking around por Regent Street, Oxford Street e Carnaby Street... Muitas coisas bonitas e fashion, mas é só para português ver porque não tenho pais ricos, nem ganhei a lotaria e trabalho numa portuguese airline. Jantar num restaurante vietnamita, onde os talheres são os pauzinhos: autêntica aventura gastronómica pimentada com a odisseia hábil de um garfo e uma faca 'diferentes'. Antes do regresso a casa, mais um stop para uns Martinis num pub. É a hora da despedida, mas Londres nunca perderá o seu encanto seja à chegada ou à partida. Será sempre a 'minha' cidade cosmopolita...

Ao aterrar na Portela, sinto que mais uma aventura chegou ao fim... um fim-de-semana relâmpago para mais tarde recordar e para repetir... dois dias que voaram! Oxalá as semanas de trabalho fossem tão fugazes...

quinta-feira, outubro 26, 2006

little MISS SUNSHINE

O que é uma família normal!? Será que existe mesmo ou não passa de uma utopia contemporânea!?



Nas salas de cinema, está um filme que parece responder a estas questões, em português mereceu o título de "Uma Família à beira de um ataque de nervos". "Little Miss Sunshine" é uma comédia-dramática sobre a jornada dos Hoovers, uma família que, apesar de disfuncional, sobrevive graças ao amor incondicional que une os seus tão diferentes elementos, tendo cada um deles um papel muito específico:
Richard (Greg Kinnear) é o pai obcecado pelo sucesso. Orador, dá palestras sobre motivação e é profundamente optimista. Tem um programa de "Nove passos para o sucesso", que ele próprio não parece conseguir cumprir;
Sheryl (Toni Collette) é a mãe que se desgasta a tentar impedir a implosão da família, sendo simultaneamente perseguida pelos seus segredos excêntricos - em particular os do seu irmão, um professor gay que acabou de sair do hospital;
Frank (Steve Carell) é o tio suicida que perdeu o amante, o emprego e a reputação;
Olive (Abigail Breslin) é a filha de 7 anos, redondinha e caixa de óculos, que sonha ser rainha de beleza;
Dwayne (Paul Dano) é o filho adolescente, apreciador de Nietzsche, que fez um voto de silêncio, que tenciona cumprir até entrar na Academia da Força Aérea;
Avô (Alan Arkin) é a personagem "mais à frente", tendo sido expulso do lar onde vivia por consumir drogas.



Apesar dos esforços para tal, nenhum dos Hoovers é normal. No meio de tanta disfuncionalidade, mobilizam-se para satisfazer o desejo de Olive: entrar no concurso de beleza "Little Miss Sunshine"; e partem na sua ferrugenta carrinha VW amarela rumo a Redondo Beach, Califórnia - local do evento. Nessa caótica viagem, descobrem-se enquanto família e percebem que o falhanço pode ser uma forma de triunfo. Com muito humor negro à mistura, são evidentes as críticas a uma sociedade cada vez mais obcecada pela beleza.
Numa última análise, não há famílias 'normais'. E os Hoovers podem ser vistos como um simples mecanismo de identificação. Podia ser a minha família ou a tua...



Um road movie fantástico, comovente e divertido q.b.. Uma história simples com uma banda sonora e fotografia agradáveis. A cena final é de ir às lágrimas, mas no bom sentido. E a fofíssima Olive é algo de extraordinário e encantador. A não perder...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Maldito trânsito

... de domingo à noite em plena A1 (sentido Porto-Lisboa), demorando mais de duas horas de Alverca a Lisboa. Três faixas estancadas, nem para a frente nem para trás. Os condutores desligaram os seus carros, caso contrário não havia combustível e bateria que aguentasse. O que me fez perder o filme do serão de ontem da RTP1: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" (2001) de Jean-Pierre Jeunet, protagonizado por Audrey Tautou e Mathieu Kassovit, que mereceu o carinho do público nos quatro cantos do mundo.



Produto de uma família disfuncional, a oportunidade de Amélie Poulain (Audrey Tatou) "ganhar asas" fê-la voar até Paris onde arranjou emprego num café em Montmartre. O original corte de cabelo, os olhos esbugalhados cor de azeitona, o sorriso traquina servem de complemento à personagem romântica sonhadora e solitária. Uma figura disposta a abraçar o mundo. Até que um dia, um acontecimento - a morte da princesa Diana, sinal de que a vida pode ser fugaz - vem alterar a sua rotina e fazer com que descubra a sua verdadeira vocação: melhorar a vida dos outros. Assim, pela sua mão, sucedem-se uma série de estratagemas engenhosos que conseguem inundar de felicidade a vida da porteira do prédio, da colega de trabalho hipocondríaca, do empregado da mercearia da esquina e do "homem de vidro", um velho vizinho que sofre de uma fragilidade patológica dos ossos e que insiste em pintar sempre o mesmo quadro de Renoir. Contudo, a sua própria vida não parece mudar e ameaça estagnar ao deixá-la para segundo plano tal é a obsessão que tem com a busca incessante pela felicidade dos outros, hesitando em correr atrás da sua: Nino (Mathieu Kassovitz), um estranho personagem que colecciona fotografias tipo passe que as pessoas deitam para o lixo e trabalha em part-time num comboio fantasma e num peep-show. Tudo isto tem como cenário a Paris dos velhos bairros, das ruelas antigas e das lojas tradicionais, limpa de lixo e graffitis.



Um espécie de conto de fadas para adultos. Um convite ao optimismo que nos faz chegar ao fim com uma estranha sensação de felicidade e a acreditar num mundo melhor. Oxalá que o espírito de Amélie vá encarnando, aos poucos, em cada um de nós. A realidade teria, certamente, outras cores...


sexta-feira, outubro 20, 2006

As mulheres da vida dele

António Fagundes está de regresso aos palcos portugueses como protagonista d' "As Mulheres da Minha Vida" de Neil Simon em cena no Teatro Tivoli / Lisboa.
Às 21h30 (em ponto!), sobe o pano e surge George (António Fagundes), um escritor de sucesso apaixonado pelo seu trabalho mas com uma vida íntima em constante turbulência: a falecida esposa, Júlia (Amanda Acosta), assombra os seus pensamentos; o segundo casamento com Diana (Fernanda D´Umbra) está à beira da ruptura. Sem saber o que fazer, tenta encontrar o equilíbrio emocional e acaba ligando as relações da vida real com sentimentos antigos. Sucedem-se os encontros e diálogos fícticios com as mulheres da sua vida, marcados ora pelo tom cómico e sarcástico ora pelo drama, numa verdadeira homenagem ao amor com humor q.b..
Uma peça que vale a pena ver... Enquanto espectadora, dou por mim a pensar na vida com um sorriso nos lábios e faz-me ver que as relações pessoais podem ser encaradas sob uma nova perspectiva. Já me tinha esquecido como é bom ir ao teatro: o palco, os actores, o cenário, o público funcionam como um todo, recriando uma atmosfera mágica e mística. Por outro lado, entristeceu-me ver um Tivoli (quase) cheio de bolas de naftalina e alguns trintões executivos à deriva. Diria que o teatro é um "vício" caro para a maioria dos jovens sobretudo universitários. Ir ao cinema ou beber um café fica muito mais em conta. Contudo, dias não são dias e ir ao teatro será, a meu ver, um programa a repetir sempre que possível. Venham as peças!!!



Eis algumas frases da peça que ficaram a martelar na minha cabeça:

"Recordar o passado não vai ajudar a viver o futuro" - Diana

"A vida é só isso! Escolhas, escolhas, escolhas!!!" - a psiquiatra Edith (Eliana Rocha)

"Não é preciso lembrar, nem tentar lembrar porque está sempre lá." - George

quinta-feira, outubro 19, 2006

Ritual # 2

Antes de adormecer, não perco umas boas gargalhadas com a série "The King of Queens" / "Eu, Ela e o Pai", em reposição na SIC Mulher de segunda à sexta-feira, às 20h30 e 2h. Uma comédia descontraída sobre o quotidiano do casal Doug (Kevin James) e Carrie (Leah Remini), partilhado (à força) com o respectivo sogro e pai, Arthur Sponner (Jerry Stiller). Os amigos não faltam e as peripécias sucedem-se.
Seja ao jantar ou antes de deitar, a boa disposição vem até mim e torna-se complicado passar sem eles: as piadas de Doug, a casmurrice de Arthur e os humores variáveis de Carrie. I'm an addicted... E está quase na hora...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Revolta # 1

O "La Luna nera" não pode deixar de expressar a sua indignação perante o orçamento de Estado para o próximo ano. Parece que os solteiros vão pagar mais IRS em 2007.
Quem não ouviu rádio, viu televisão, leu jornais ou consultou a internet; fica agora a saber da decisão (ou lá o que seja) do nosso governo. Não há direito. É totalmente descabido. Não basta uma pessoa estar só, por opção ou não, e ser martirizada pelos amigos e família que o tempo está a passar e a solidão não é (boa) companhia para ninguém!? Eis que o governo se arma em bom samaritano e decide meter medo ao pessoal solteiro deste país, ameaçando com a subida dos temíveis impostos... Estaremos a ser alvo de algum complot para vermos a luz do "santo matrimónio" ou da partilha relacional com outrém!?!? Se o objectivo é casamentos em catadupa, como se não houvesse amanhã, para aumentar a taxa de natalidade e combater o Portugal envelhecido; há soluções mais fiáveis de o fazer.
Alguém me pode explicar que culpa temos nós (solteiros!) que o país esteja na penúria... Que o défice já tenha visto melhores dias... Não me parece que a solução esteja nos nossos bolsos, que podem ter buracos (ehehhe), mas aquelas mentes brilhantes lá sabem o que decidem se bem que não é demais recordar que a culpa morreu solteira...

A dupla continua

... viva e chegou ao grande ecrã depois da televisão, do teatro e do livro.






O "Filme da Treta" marca o regresso de Tóni e Zezé, dois cromos tipicamente portugueses, interpretados respectivamente por António Feio e José Pedro Gomes. Contudo, o habitual mano-a-mano dá lugar a uma história onde cabem família e amigos: a mulher de Zezé (Maria Rueff), Bifinhos (José Raposo), Zé Cágado (Marco Horácio) ou Galhetas (António Melo). Até o Tónimobile, uma 4L do power, mostra o que vale.
Durante um espectáculo numa cabine de peep-show, Zezé vê a LUZ... Essa "visão apocalíptica" fá-lo converter à Ordem dos Caracolários Descalços e abdica de todos os bens materiais para partir em retiro espiritual, rementendo-se à clausura num mosteiro. A visita de Tóni é uma espécie de regresso ao passado, revivendo as suas aventuras e peripécias: a descoberta do caminho marítimo para Espanha montado em burro, a louca festa da feijoada "com fados e tudo", um mega engarrafamento, uma ida (surreal) ao hospital, entre outros. Esta retrospectiva permite-nos perceber o motivo da clausura de Zezé e a importância da amizade entre os dois...



"To be continuation"



Para quem gosta de rir e é fã (como eu!) da dupla maravilha, não percam. É óbvio que a tela do cinema fica muito aquém de um palco do Villaret ou Coliseu, mas o conceito da "treta" está lá: a catadupa de palavras mal dizidas e as situações caricatas, protagonizadas por dois grandes (senhores) actores. "C'um camandro, do Catano e o Caneco".



Porque a vida é para ser vivida com muita acção e menos conversa (da treta). Ah pois é!!!

terça-feira, outubro 17, 2006

Ritual # 1

O serão de 2ª feira é sinónimo de sofá, tv e a série

que a SIC voltou a transmitir do início à umas semanas.
A cidade de Nova Iorque serve de cenário a esta série, protagonizada por quatro mulheres: Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Charlotte York (Kristin Davis) e Miranda Hobbes (Cynthia Nixon); pertencentes a uma classe média alta, com níveis de consumo adequados ao seu estatuto e padrões liberais de relacionamento com o sexo oposto. O sucesso profissional, o glamour e a moda não satisfazem estas quatro personagens, que se sentem perdidas na imensidão da frenética "Big Apple", e procuram encontrar alguém especial: o AMOR. Cada uma tem as suas parónias, mas há algo extraordinário que as une: a AMIZADE. Sempre presente nos bons e maus momentos.
As peripécias sucedem-se episódio após episódio. Com as suas histórias, aventuras e dramas, estas quatro amigas permitem-nos olhar a vida e o mundo sob uma perspectiva ficcional, ajudando-nos a compreender a realidade, que está longe de ser demasiado cor-de-rosa e excessivamente negra... O desafio está em conseguir o meio termo.




É díficil identificar-me com uma das fab four. Acho que tenho um pouco de cada uma. Sempre que posso não perco um episódio das suas vidas. Por vezes, dou comigo a pensar: onde é que já vi isto!? ... E vocês!?

segunda-feira, outubro 16, 2006

Para descontrair # 1

Numa tarde de Outono, deambulo pelo meu bairro de phones nos ouvidos completamente abstraida de tudo e todos. Sem rota predefinida, deixo-me levar... Paragem no café recém descoberto para a dose de cafeína diária em falta à dois dias. Os pingos começam a cair. Ironia (oh não!): não deixa de ser divertido (e incómodo) andar à chuva de óculos escuros. Sol!? Nem vê-lo... Apesar do céu cinzento, a luz de Lisboa é demasiado clara... ou será impressão minha!? Ando sem destino ao som da música... Faço zapping desenfreado por algumas estações de rádio da capital e rendo-me à canção que se segue, que transborda good vibes. O meu pensamento divide-se entre os longínquos anos 90 e paraísos distantes com sol, praia, mar e muito calor ao recordar o seu videoclip.


Sweat (A La La La La Long)
by Inner Circle


I've been watching you
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
C'mon!
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Hey!

Standing across the room
I saw you smile
Said I want to talk to you
For a little while
But before I make my move
My emotions start running wild
My tongue gets tied
And that's no lie
Looking in your eyes
Looking in you big brown eyes
Ooh yeah
And I've got this to say to you
Hey!

Girl I want to make you sweat
Sweat till you can't sweat no more
And if you cry out
I'm gonna push it some, more, more
Girl I want to make you sweat
Sweat till you can't sweat no more
And if you cry out I'm gonna push it
Push it, push it some more

(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
C'mon!
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)

So I said to myself
"Does she love me or not?"
But the dreads done know
That love is his to get
With a little bit of this
And a little bit of that
My lyric goes on the attack
My tongue gets tied
And that's no lie
Looking in your eyes
Looking in your big brown eyes
Ooh girl
And I've got this to say to you
Hey!

Girl I want to make you sweat
Sweat till you can't sweat no more
And if you cry out
I'm gonna push it some more, more more
Girl I want to make you sweat
Sweat till you can't sweat no more
And if you cry out
I'm gonna push it
Push it, push it some more

(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Ooh yeah!
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
One more time!
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Sing it! (A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Hey!

Woo woo woo woo wee yeah
(Eyes) Looking in your big brown eyes
And I've got this to say to you
Hey!

Girl I want to make you sweat
Sweat till you can't sweat no more
And if you cry out
I'm gonna push it some more
Girl I want to make you sweat
Sweat till you can't sweat no more
And if you cry out
I'm gonna push it
Push it, push it some more

(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Yeah!
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Push it, push it some more
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Alright!
(A la la la la long, a la la la la long long li long long long)
Push it, push it some more

Praia dos Coqueiros (Porto Seguro, Brasil) / Março 2005

De facto, há músicas que nos fazem sonhar (nem que seja acordada). O pior é mesmo o regresso à realidade cruel: Lisboa num dia de Outono com direito a chuva miudinha e céu demasiado cinzento. Grrr!!!

quarta-feira, outubro 11, 2006

Para pensar # 1

É o que dá ter folga a meio da semana com o pessoal mergulhado no trabalho, sobrando demasiado tempo para pensar em tudo e mais alguma coisa. Aproveito este meu espaço para partilhar a minha pérola desta tarde vagueante pelas ruas de Lisboa:

Os horizontes existem para ser alargados e não limitados.

Tenho dito...

terça-feira, outubro 10, 2006

"La" LUX


Hoje, terça-feira 10, há festa em Santa Apolónia, mais precisamente num gigantesco armazém, frente à estação lisboeta, transformado no bar-discoteca mais cosmopolita do país: o LUX! Já lá vão 8 anos desde que o sofisticado espaço nocturno integrou o roteiro dos noctívagos nacionais e internacionais. Decoração moderna: quase um "museu" vivo do design contemporâneo. Um ambiente heterogéneo com um toque fashion. Sonoridades alternativas e com boa onda. Muito glamour.
Como diria a canção mais cantada no mundo, "hoje é dia de festa...". Tal como acontece habitualmente, a entrada é exclusiva aos convidados, ansiosos por desvendar o mistério de mais uma comemoração. Sabe-se apenas que Fellini e Almodóvar inspiram a temática deste ano, servindo as suas personagens para inspirar o dress code dos convidados. Música e décor estão no segredo dos deuses. Uma frase-passe funciona como passaporte de entrada, sendo só descoberta após o visionamento de um DVD anexo ao convite. Absolutamente surreal...

MUITOS PARABÉNS!!!



M&M's

Hummm são todos bons!!! A derreter na (minha) boca e não nas mãos...

domingo, outubro 08, 2006

"You've got mail"*

... é uma comédia romântica passada na era do correio electrónico que conta com todo o talento, charme e magia dos protagonistas (Tom Hanks e Meg Ryan) e da realizadora Nora Ephron.
Durante o dia, o magnata Joe Fox (Hanks) dirige uma cadeia de livrarias que acaba de instalar uma nova no bairro onde Kathleen Kelly (Ryan) possui uma pequena livraria especializada em livros infantis, confrontando-se ferozmente. À noite, são anónimos amigos cibernéticos - ela sob o pseudónimo "Shop Girl" e ele como "NY 152" - que se apaixonam perdidamente um pelo outro... sem saberem que na realidade são inimigos profissionais. Os equívocos, desencontros e peripécias sucedem-se. Uma irresistível história de amor dos tempos modernos...



Este filme data de 1998. A internet já não era novidade para mim e o mIRC (programa de conversação) era o meu passatempo preferido. Um autêntico vício. Horas e horas passadas em frente ao ecrã a teclar com (des)conhecidos. Palavras em catadupa na ausência de um contacto visual. A maioria das amizades virtuais nunca passaram disso mesmo; contudo, posso dizer que a internet permitiu-me quebrar o gelo junto de alguns conhecidos. A virtualidade como escudo protector para desbravar o terreno do outro perante a sua presença intimidante. Um bálsamo para as relações interpessoais. Óbvio que há toda uma série de malefícios, sucendendo-se as histórias macabras de falsas identidades, protagonizadas por pessoas de má fé.
Actualmente, o msn faz parte do meu quotidiano para contactar com os amigos. Sinto-me perto deles apesar da distância física. É a minha sala de visitas virtual.
Já que vivemos numa aldeia global; faz todo o sentido tirar o máximo partido disso (oh não!).

FUI ***


* para (re)ver ao serão na RTP1.

quinta-feira, outubro 05, 2006

96 anos depois

... é feriado nacional porque Portugal comemora a implantação da República, que teve lugar no longínquo ano de 1910, deixando para trás todo um historial de reis e rainhas, príncipes e princesas, castelos e tudo o mais. Os primeiros anos do período republicano português foram bastante conturbados com um entra e sai de presidentes, deixando o povo completamente baralhado. Seguiu-se a fase mais negra da nossa história com o ludibriante Estado Novo e seus ícones como Salazar e Marcelo Caetano: "orgulhosamente sós" em marcha de carangueijo. No 25 de Abril de 1974, os militares atiraram a pedra ao charco e Portugal começou a ganhar novas cores movido pelo perfume dos cravos vermelhos. Com o povo unido e jamais vencido, estabelizámos em matéria de presidencialismo. Cada um à sua maneira, os inquilinos do Palácio de Belém têm cumprido o seu dever de fazer do nosso país uma República a sério.
Ao contrário do resto da nação, o nosso Presidente, Professor Cavaco Silva, teve um dia árduo de trabalho. O dia começou cedo em prol da agenda: discurso na Praça do Munícipio, almoçarada algures, visita a uma exposição na estação do Rossio, abertura dos seus aposentos a quem o pôs lá dentro, levar com os media, jantarada algures e no meio disto tudo distribuir sorrisos, beijos e abraços a quem aparecesse à frente. Quem disse que o Presidente da República leva uma vida de rei!? 5 de Outubro prova o contrário. Será uma excepção à regra!?! A vida não é fácil para ninguém. Presidentes ou não: todos diferentes, todos iguais!!!

O País e o Mundo no CCB


Ícones. Momentos imortalizados após o click da máquina fotográfica. Realidades distantes que coabitam nas nossas vidas e que, por vezes, ignoramos. Uma forma especial de contar histórias para que não as esqueçamos. Eis o típico clichè: uma imagem vale mais do que mil palavras...

Até 22 de Outubro, de 3ª a domingo das 10h às 19h, o Centro Cultural de Belém apresenta as imagens que marcaram Portugal e o mundo, seleccionadas pela World Press Photo 2006 e pelo Prémio Fotojornalismo Visão/BES, na sua 6ª edição.
A World Press Photo (organização independente sem fins lucrativos) foi fundada em 1955, na Holanda, com o objectivo de apoiar internacionalmente o trabalho de profissionais da fotografia de imprensa, realizando o maior concurso internacional de fotografia, já na 49ª edição.
A exposição deste ano (11ª edição em Portugal) percorre, em 62 painéis, eventos marcantes do mundo; muitos deles retirados de tragédias humanas como a destruição provocada pelo furação Katrina nos Estados Unidos ou o Tsunami no sudeste asiático, a fome e a miséria em diversos países africanos. As fotografias estão distribuídas por dez temas, que vão desde o retrato à actualidade, passando pela natureza, desporto, personalidades, artes, ciência e vida quotidiana.
Premiada com 10 mil euros, a foto do ano foi de Finbarr O'Reilly (Canadá) ao captar o momento em que mãe e filho esperam por ajuda num centro de alimentação de emergência em Tahoua (Níger). A sua simplicidade é tocante e alerta-nos subtilmente para um dos flagelos da humanidade: a fome, patente na mão de uma criança - de tão enrugada parece a de um velho - pousada no rosto sereno da sua mãe. Um autêntico grito mudo de auxílio para chocar a sociedade passiva. Só não vê quem não quer... a realidade nua e crua!

quarta-feira, outubro 04, 2006

My name is...


HARPER, Ben Harper!

O ar de mauzão foi só para a foto porque a sua presença em palco é magnífica, conquistando tudo e todos com as suas músicas e boa onda. Aposto que, neste momento, o Pavilhão Atlântico está rendido à sua voz. Quem não estaria!?!
Coliseu de Lisboa (Março de 2000), Rock in Rio Lisboa '04 e Pavilhão Atlântico (Novembro 2003): estive lá com ELE!!! Cada um à sua maneira, mas todos muito especiais e brutais... Afinal, falo de Ben Harper: uma benção para o mundo da música e que Portugal receberá sempre de braços abertos...
Eis uma das minhas favoritas para ouvir com o volume no máximo!

Steal My Kisses

I put into Nashville, Tennessee
But you wouldn't even come around to see me
And since your headin' up to Carolina
You know I gonna be right there behind you

'Cause I always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you

Now I love to feel that warm southern rain
Just to hear it fall is the sweetest sounding thing
And to see it fall on your simple country dress
It's like heaven to me I must confess

'Cause I always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you

Now I've been hangin around you for days
But when I lean in you just turn your head away
I know you didn't mean that
She said I love the way you think but I hate the way you act

'Cause I always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you

terça-feira, outubro 03, 2006

Mente sã

... em corpo são; a máxima grega intemporal!
Depois de um dia de trabalho, nada como entrar no ginásio e libertar todo o stress numa aula de RPM (Rotação por minuto) em cima de uma bike onde a música é que marca o ritmo. Preguiça e cansaço??? Não entram na sala... Caem por terra ao subir para a bicicleta! Rectas, subidas e descidas, vale tudo... sempre a pedalar rumo ao infinito! O céu é o limite... e a mente vai na onda!
Uma hora depois, o árduo esforço é recompensado com a sensação de dever cumprido, sentindo-me muito mais leve! Quem pedala por gosto, não cansa... é um vício (saudável, pois claro!).


[Como diria o outro, tou que nem posso! Desde Maio que me deslixei do culto do corpo e a primeira aula foi puxada.. mas como diria o prof: "só custa o início"! POWER ON...]

domingo, outubro 01, 2006

Acabaram-se

... as férias, snif!
O meu retiro zen em terras paradísiacas está a terminar e o regresso ao bulício citadino lisboeta aproxima-se a passos largos. Posso dizer que gozei em pleno um merecido dolce fare niente. Soube tão bem não fazer nada além de comer e dormir...
Por incrível que pareça, férias não são só sinónimo de apanhar um avião com destino a um paraíso exótico do globo ou a uma cidade cosmopolita, mas também tirar partido das coisas mais (in)significantes da vida como ler um bom livro, estar junto dos amigos, recuperar os tempos mal dormidos, deambular por aí ou apenas vegetar no aconchego do lar. Enfim... cansaço é algo que não mora aqui mas confesso que a preguiça do regresso se está a apoderar de mim! Afinal férias são férias... E a 2ª feira custa a todos, mas é bicho papão para quem passou a última semana à sombra da bananeira (em sentido figurado, claro!). Venham as próximas!!!