Ontem...

... foi um dia especial, por ser meu, com a entrada numa nova idade... 28 é um número mágico e inspira confiança. A dois passos da terceira década, os motivos são mais que muitos para celebrar, intensa e loucamente, a "viagem" que me trouxe até aqui.
Lá fora, o sol brilhava e Lisboa estava mais bonita do que nunca, envergando aquela luminosidade tão característica e única no mundo. A ocasião exigia uma comemoração com tudo a que tenho direito: coisas boas da vida e doces momentos, partilhados com aqueles que - tão longe e tão perto - estão sempre lá, quando e onde preciso. As manifestações foram chegando através dos vários canais de comunicação e foi tão bom ser lembrada - nem que seja por uma vez no ano.

Miradouro de São Pedro de Alcântara

O dia começou com um belo pequeno-almoço na pastelaria de sempre e algumas peripécias ao pedir um leite macchiato. Digamos que a senhora ficou intrigada com o que seria um leite maquilhado (sim, leram bem!). Surreal... Realmente, o que chegou à mesa não tinha nada a ver com o habitual macchiato, digamos que era um copo de leite com umas gotas de café. A senhora voltou a insistir que tinha maquilhado o leite com café até que cortei o mal pela raiz: agarrei no menú e a eficiente empregada leu o que é, de facto, um leite macchiato. Não satisfeita... ainda se pôs a inventar, dizendo que podia juntar umas especiarias ao tal copo de leite com pitadas de café, mas acabou por levá-lo de volta para onde nunca devia ter saído. Eis que a senhora volta e informa que não dispõe de leite macchiato apenas no Verão. Estranho, uma bebida quente que só é vendida no Verão. Assim, fui forçada a render-me a um senhor galão...
Depois deste episódio caricato, esperava-me uma viagem de bem estar absoluto com embarque numa chocoterapia aqui. 90 minutos de delicioso prazer, um capricho dos deuses, que me deixou leve como uma pena, relaxídissima e de bem com a vida. A minha pele ficou com um aroma inesquecível a lembrar paragens distantes junto à linha que divide o mundo. Um mimo perfeito para chocoholics como eu.

A tarde passou-se Chiado acima, Chiado abaixo, e terminou à mesa com um delicioso fondue de chocolate na Häagen-Dazs. Palavras para quê, a imagem vale por mil palavras... De comer e chorar por mais. A repetir...

À noite, viajei até aos anos 20 no novo filme de Clint Eastwood, "A Troca", com Angelina Jolie, John Malkovich, entre outros. Uma história verídica que contraria o mítico final de "... e foram felizes para sempre".

Um dia especial... único... achocolato (lol), a repetir por muitos e muitos anos com muita saúde, alegria e amigos também.

PS- Muito obrigada a todos aqueles que se lembraram de mim... Vocês serão os próximos! :)

Instantes de sábado

Homem Estátua @ Rua Augusta

O sobe e desce da Rua Garrett

Miradouro de São Pedro de Alcântara

Lembro-me...

... deste dia como se fosse ontem. O coração de Lisboa acordou debaixo de fogo e a notícia caiu que nem uma bomba: a maior tragédia desde o longínquo terramoto de 1755. Poderia ter sido uma manhã como tantas outras num tempo em que as férias eram mesmo GRANDES, mas essa manhã ficará para sempre guardada na minha memória: estava de férias numa Zambujeira do Mar pacata e longe dos tempos de reboliços festivaleiros... o rádio do carro sintonizado na TSF... o Chiado ardia. Aquele sítio onde passeava de mão dada com a minha mãe, via as montras e fazíamos compras...tinha virado cinza. E o pior... também tinha desaparecido uma loja de brinquedos gigante que me encantava cada vez que lá passava: a minha preferida, da qual não recordo o nome... penso que seria na Rua Garrett. Lembro-me como se fosse hoje... mas foi à 20 anos!!! É, em alturas destas, que sentimos o peso da idade!!! Uma coisa é certa, mesmo com mais 20 anos em cima, continuo uma Chiado lover. Há quem diga que o Chiado, que Siza Vieira fez renascer das cinzas, não é o mesmo de outrora, mas tem o seu toque de contemporaniedade que aprecio muito... e não me canso de o subir e descer...

De volta...

... de uma ausência demasiado prolongada para o costume.

Nos entretantos, houve tempo para tudo e quase nada:

- recebi uma visita do outro lado mundo: matámos saudades daquilo que nós sabemos... coisas boas da vida... Copos aqui e ali nos spots da moda de outrora e agora... Pequenos almoços gulosos... Almoços em pleno Chiado ou à beira do Guadiana em Vila Real de Santo António... Lanche retemperador de forças num "5 elementos"... Jantares com vista privilegiada para a Praça das Flores... Mais copos ao Kubo à beira Tejo... um passeio de E15 depois de um granizado no terraço do Bairro Alto Hotel com aquela vista soberba de Lisboa aos nossos pés...

(Migaaaa.. cá te espero para o ano :))

- fui à estreia do "Wall-E": o ET do novo milénio (lol)... Confesso que sai do cinema ligeiramente atordoada com aqueles sons, emitidos por aquelas criaturas: "Wall- EEEEEEEEEE" e o outro responde: "EVAAAAAAAAAAAAA";

- esforçei-me por continuar o trabalho para o bronze nas folgas... e na última semana tive direito a um retiro mais prolongado na minha morada estival: St Martin... Caminhadas à beira mar, leituras na esplanada, bolas de berlim, passeios nocturnos pelo calçadão, o ritual toalha-mar- banho de sol que tanto aprecio... Contudo, começo a ser invadida por uma certa nostalgia de fim de estação: os dias estão mais pequenos e a temperatura baixou consideravelmente: é o Verão a dar as últimas (snif);

- terminaram os Jogos Olímpicos em Beijing e a delegação portuguesa regressa com uma medalha de ouro (abençoado Nelson Évora... a nossa jóia africana como alguém referiu), a prata de Vanessa Fernandes e declarações polémicas de alguns atletas eliminados com desculpas demasiado esfarrapadas. Michael Phelps pendurou oito medalhas num belo tronco de nadador e impressionou o mundo;

- uma morte no Tua... vítima do descarrilamento de um comboio. Alguém que conhecia de vista e passava (quase) todos os dias à porta da minha casa no Paraíso do Calcário... A vida é demasiado injusta...;

- amanhã é dia de regressar ao trabalho e às semanas laborais de 2ª à 6ª com a agravante de passar a acordar com os primeiros raios de sol (humpft);

- e hoje foi dia de regresso ao meu blog... confesso que já tinha saudades de postar, mas fui contagiada pela febre da silly season ou do dolce fare niente. Um Verão muito preguiçoso...

Dia perfeito

Acordar sem despertador e pensar que tenho um dia pela frente sem trabalho no horizonte... O sol brilha lá fora... e a temperatura está amena para um dia de Verão na cidade... Chiado é o destino com direito a almoço no Vitaminas, seguindo-se o deambular pelas lojas habituais... algumas compras... Os estrangeiros são mais que muitos e a luz de Lisboa orgulha qualquer habitante que se preze... por momentos ouso pensar que é tão bom viver aqui apesar de Portugal estar nas lonas (ou como diria alguém da política de tanga)... deixemo-nos de tristezas... e está na hora de relaxar com uma massagem inesquecível aqui que me deixa HAPPY... regresso a casa... msn... convite para jantar aqui... esplanada... boa companhia e conversa, regada com um verdadeiro néctar dos deuses... são bons momentos como estes que me fazem viver... sorrir... há dias assim... surpreendemente perfeitos!

Ausência #2

Este post é uma espécie de balanço sobre a minha ausência forçada do "postanço". Aproveitei o tempo para:

- ir à Feira do Livro no Parque Eduardo VII e fazer algumas compras;

- descer a Avenidade da Liberdade a pé num sábado quente;

- voltar ao meu Chiado;

- aterrar no Bairro num sábado à noite e perceber que a idade nos muda os gostos;

- ir ao cinema ("Traídos pelo destino" com Joaquin Phoenix, Jennifer Connelly e o apetitoso Mark Ruffalo; e o "Sexo e a Cidade" fizeram parte do menú);

- ir ao World Press Photo no Museu da Electricidade;

- ver o polémico concerto de Mrs Amy Winehouse no Rock in Rio muito bem instalada no meu sofá e dei graças por não ter gasto 53€ num momento insólito;

- vibrar com as vitorias da selecção nacional;

- assistir à histeria de um país em pânico pela falta de combustível devido à greve dos camionistas. Portugal esteve à beira de um colapso;

- dar as boas vindas ao Summertime e às noites em que apetece fazer tudo menos estar em casa;

- falhar a noite mítica dos santos populares em que as gentes da capital saem à rua e voltam para casa quando o sol começa a raiar: a tradição já não é o que era...

Fugaz...

... é o adjectivo ideal para qualificar este fim-de-semana na capital. Estes dois dias voaram à velocidade da luz. Houve tempo para tudo e quase nada. Dormir, dormir e muito... diria mais uma autêntica maratona do sono para compensar o cansaço acumulado durante a semana.

Sexta-feira é O dia mais desejado, o mais-que-tudo da jornada de trabalho. Nada melhor do que brindar a chegada do fim-de-semana com uma sessão de cinema.

Nunca é tarde demais - no original The Bucket List - junta dois dos melhores e mais consagrados actores de Hollywood, Jack Nicholson (Edward Cole) e Morgan Freeman (Carter Chambers). Cole é um multi-milionário e Carter é um simples mecânico. Estes dois homens na casa dos 60 têm em comum uma doença terminal que ditará o resto das suas vidas, conhecem-se ao partilhar o mesmo quarto de hospital e a partir daí tornam-se amigos e partilhadores de uma lista de desejos que pretendem realizar até ao fim dos seus dias, embarcando numa jornada que os levará a conhecer o melhor da vida.
Um filme optimista e colorido, como a vida, apesar da sua vertente trágica.

O sábado de sol mereceu um passeio pelo Chiado com direito a paragem no renovado miradouro de S. Pedro de Alcântara. As obras de remodelação demoraram tanto tempo que já nem me lembrava daquela vista sublime sobre a minha Lisboa.

Fotos roubadas daqui

A Primavera tomava conta da cidade e convidava a esplanar na companhia de um livro ou jornal.

Domingo foi dia de me irritar por encontrar o meu red mobile com a porta do condutor vandalizada. E o que roubaram!?!? NADA... não tinha nada para tirarem. Uma vergonha!!! Quem estraga aquilo que é dos outros por caprinho ou maldade, é porque a vida não lhe custa a ganhar. Depois foi tempo de ir digerir o sucedido para o cinema: There Will Be Blood (Haverá Sangue), um intrigante épico sobre família, ambição, fé e petróleo.

O filme peca por ser um pouco longo demais (quase 3h em que os primeiros 20 minutos não têm uma única fala!), mas tem Daniel Day-Lewis na pele de um prospector de petróleo em ascensão. Um papel estrondoso, magnífico, fenomenal, que enche o écran. Sublime... Lewis é O filme... O melhor! Vale a pena ver só por ele...

A loja...

... de todos nós... portugueses... para os apaixonados pela identidade nacional e saudosos de tempos que não voltam mais, bem como dos seus produtos. Quanto mais globalizado está o mundo, mais sentimos necessidade do local. Vale a pena fazer um regresso ao passado na Rua Anchietta ao Chiado e entrar aqui. Deliciem-se...