domingo, junho 17, 2007

Salazar, The Musical


Lisboa, sábado à noite

A plateia do Teatro Villaret já conheceu noites mais concorridas. Poucos, mas bons e preparados para rir... muito! Durante 1h30m, José Pedro Vasconcelos e companhia (Miguel Melo, Margarida Gonçalves, entre outros) entregam-se de corpo e alma a uma sátira divertida e mordaz q.b sobre o homem que mergulhou Portugal numa ditadura de meio século: António de Oliveira Salazar. De Seminarista a Ministro, de Presidente do Conselho a tabú nacional, trata-se de uma personalidade emblemática da história portuguesa, odiada por uns e idolatrada por outros. Uma comédia visual/musical que dá cor a uma figura cinzenta sobre a qual se sabe muito pouco: Salazar fuma, canta, dança e é um romântico apaixonado pela sua governanta, Maria, sexy e enérgica. O ditado popular não mente: "por trás de um homem, há sempre uma grande mulher". Maria não foi excepção e o Palácio de São Bento era, afinal, comandado pelo seu pulso de ferro, não esquecendo a acção do temível lápis azul.
No palco, há cadeiras de todos os tamanhos e feitios: pequenas ou grandes, velhas, clássicas e modestas, servindo para dar descanso a alguém que foge delas a sete pés.
Na plateia, há rostos que relembram tempos vividos que não voltam mais ou há quem tenha contacto com uma realidade (muito) distante, imortalizada nas aulas e livros de história.
Volvidos 29 anos depois da sua morte, o ditador parece estar na moda uma vez que foi a figura eleita pelo concurso da RTP, os Grandes Portugueses. Salazar - The Musical dá a conhecer a faceta oculta do estadista que Portugal não esquece. Para tal, é necessário ser portador de um bilhete, sentar-se nas poltronas do Villaret e dar algumas gargalhadas porque rir é o melhor remédio para esquecer alguns episódios menos felizes. Segundo o cartaz da peça, "se não vieres ninguém te censura"... Eu fui!

sábado, junho 16, 2007

Até parece anedota... andar de gabardine em Junho! A chuva não dá tréguas, o sol anda tímido e o calor emigrou para outras paragens... Com uma Primavera cinzenta, avizinha-se um Verão negro... Será!?!

Mais uma sequela cinematográfica...

Não há uma... sem duas... e duas sem... três!

See you when I see you...

sexta-feira, junho 15, 2007

Hoje

... tomei um banho de chuva!!!

quarta-feira, junho 13, 2007

Lisboa é lindaaa

E em noite de Santo António ganha outro encanto. As ruas são pequenas para tamanha multidão, ávida de diversão, e a confusão é mais que muita. O cheiro da sardinha assada dissolve-se no aroma de substâncias ilícitas. Os vendedores de bebidas parecem cogumelos, crescendo por toda a parte. Cada porta aberta é uma tasca improvisada. Fome e sede só tem quem quer... ou quem se vê obrigado a tal! Os (des)encontros sucedem-se abaixo e acima na Lisboa das sete colinas!
Do Cais do Sodré subiu-se até à alternativa Bica das ruelas e do Adamastor. Gente e música por todo o lado. Desceu-se pelo Chiado até à Baixa e começa-se a subir até à Sé. Paragem junto à Igreja de Santo António de Lisboa e sua imagem: cumpri pela primeira vez o ritual da moeda. Vamos ver se resulta, lol... Mais gente, mais confusão... O típico dissolve-se no moderno sobretudo em termos musicais. Sempre a subir até à Esplanada da Graça... Outro ambiente, mais calmo! As pernas agradecem o merecido descanso e a febra do jantar já foi à vida... A hora da deita aproxima-se, mas a festa está para durar até o sol raiar. Contudo, o feriado municipal não é para todos. Na despedida, passamos pela Alfama dos becos e vielas, cruzando o trajecto da sua marcha vencedora e seus padrinhos. Muita gente, muita confusão, muito bairrismo e arraiais típicos: música, sardinha assada e manjericos.
Uma autêntica maratona pelos spots da praxe em noite de Santo António, se bem que a mística já não é o que era... Venham os próximos! Até lá... Viva o Santo António... e viva Lisboaaa!

Quem conhece o refrão* que se segue!?! Euuuu... e gosto muito da música, mas ontem não ouvi! snif

Um craveiro numa água-furtada
Cheira bem, cheira a Lisboa
Uma rosa a florir na tapada
Cheira bem, cheira a Lisboa
A fragata que se ergue na proa
A varina que teima em passar
Cheiram bem porque são de Lisboa
Lisboa tem cheiro de flores e de mar

* Cheira a Lisboa de César de Oliveira

domingo, junho 03, 2007

Perfeito, perfeito...

... um sábado à noite com um jantar italiano num pátio ao Chiado e uma ida ao teatro.
No Jardim de Inverno do S. Luiz, pelas 23h30, entra Bruno Nogueira - maaaagro com 1,94m de altura, 15kgs de peso e sem rabo - para mais um espectáculo de stand up: "... sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura". 1h30 a solo em que falou, falou e falou de tudo e mais alguma coisa, sem esboçar um único sorriso, para uma plateia que riu, riu e riu com os pequenos nadas do quotidiano e quase insignificantes dos portugueses. Maravilhoso... no seu estilo inconfundível, sisudo, de quem fala, a brincar, de coisas sérias... TOMAAA!


PS- "Será que a Ana Malhoa tem noção que se estivesse na Índia era sagrada!?!" - Bruno Nogueira dixit

sábado, junho 02, 2007

Tonight

Um senhor sério que faz rir... muuiiito! Hoje não será excepção no Jardim de Inverno do S. Luiz às 23h30... Até lááá!!!