quinta-feira, dezembro 29, 2005

2005 em revista e 2006 à porta

Estamos no final de 2005 e a história repete-se. É tempo de balanços e fazer uma retrospectiva do ano que se despede…

2005: Tive o prazer de voltar a sentir o calor do sol brasileiro e (re)visitar duas cidades europeias místicas: Barcelona e Londres;
Rendi-me ao culto do corpo e fiz do ginásio uma segunda casa. Vale a pena ter "mente sã em corpo são”;
Mudança de visual =);
Muita acção e rotina, alegrias e tristezas q.b.;
Ano rosa no que toca à política. Os laranjinhas já não são o que eram (e ainda bem);
O glorioso foi, finalmente, campeão;
Verão quente por excelência: calor sufocante, seca extrema e incêndios de norte a sul do país;
Os atentados bombistas voltaram a espalhar o pânico mundial;
Portugal foi palco do MTV European Music Awards;
Catástrofes naturais assolaram o mundo e espalharam a destruição.

Em traços (muito) gerais, eis o meu balanço de 2005. Não foi mau, mas poderia ter sido melhor. Muito ficou por fazer e dizer ao longo dos seus 365 dias. Contudo, 2006 prepara a sua entrada triunfal com champanhe, passas e a lista de desejos da praxe, sendo recebido com toda a pompa e circunstância típicas da época. Espero que seja um ano em grande estilo marcado por momentos felizes, projectos, sonhos realizados e surpresas positivas com muita saúde, alegria e paz. Que o espírito “ano novo, vida nova” se apodere de todos nós e que 2006 seja um ano intensamente explosivo para mais tarde recordar =)
Até para o ano!!!

segunda-feira, dezembro 26, 2005

2005 está a dar as últimas...

Uma das noites mais esperadas do ano passou num abrir e fechar de olhos no meio de montanhas de comida e alguns excessos. A euforia (pré)natalícia deu lugar a uma nostalgia de final de ano. Estamos na última semana de 2005 e a noite de fim de ano é a grande preocupação da humanidade (ou não!?). Devo ser a excepção à regra porque trata-se de uma noite como as outras e não compreendo o motivo de tanta histeria para comemorar a chegada de um novo ano...
Aos olhos da sociedade contemporânea, quem não tem programa para o reveillon, nesta altura do campeonato, é um autêntico "zé ninguém"! Gosto de remar contra a maré: enquanto os animais sociais apostam tudo numa noite, os zé ninguéns (como eu) excedem-se nas restantes...

quinta-feira, dezembro 22, 2005

O Natal já não é o que era...

HO HO HO !!!
É o grito de guerra do velhinho das barbas brancas, que viaja desde a Lapónia e percorre o mundo de lés a lés no seu trenó puxado pelas suas fiéis renas, enfrentando o frio e o calor, a chuva, o vento e até a neve para cumprir o seu dever: a distribuição de presentes pelas crianças do mundo inteiro.
O Pai Natal é, de facto, o grande protagonista desta quadra, sendo fruto de uma sociedade consumista. O verdadeiro significado natalício têm-se vindo a perder ao longo dos anos. As famílias juntam-se para a consoada à volta de uma mesa onde nada falta. Os presentes amontoam-se junto à arvore de Natal. As crianças não páram de olhar para o relógio e os adultos conversam animadamente.
Eis o cenário do Natal dos tempos modernos, onde aparentemente não há lugar para o presépio e seu significado...

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Passagem de testemunho

Todas as estações têm um fim. O Outono despediu-se até para o ano e o Inverno chega com toda a pompa e circunstância. O frio está aí em força pelo menos até à chegada da Primavera em Março. Já não falta tudo...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Já escreveram ao Pai Natal!?

O Natal está à porta. Decidi escrever uma pequena carta ao velhote bonacheirão de longas barbas brancas vestido de vermelho e branco: o PAI NATAL. Seja ele quem for, esteja onde estiver, espero que consiga ler as linhas que se seguem...
Querido Pai Natal,
Deves andar muito atarefado nesta época do ano em que todos se lembram da tua possível existência. Lembra-te que quando esta confusão natalícia terminar, vais poder gozar as tuas merecidas férias até ao Natal do próximo ano.
Recebes diariamente milhares de cartas dos quatro cantos do mundo, mas esta é especial porque é MINHA! Não te venho pedir nada, mas fazer apenas algumas sugestões para melhorar a minha vida. Tal como nos outros anos, não fico chateada se no meu sapatinho não constar nada do que está na lista abaixo. Tu serás sempre o Pai Natal que só existe para quem acredita nele.
Eis as minhas sugestões para uma vida melhor:
- Um emprego na minha área académica ou um aumento no salário actual;
- Aquele BMW lindíssimo que circula nas estradas tugas (não sei o modelo!);
- "Levar" o meu sótão do Paraiso do Calcário para a Capital assim já podia receber os amigos dignamente;
- Uma companhia (inteligente e saudável q.b.) para as minhas próximas viagens =) ;
- Um iPod xpto;
- Um leitor de DVD;
- Um portátil novinho em folha só para mim;
- As caixas de DVD's com todos os episódios das séries "Sex and the City", "Friends" e "Seinfeld";
- Um passe para os 6 dias do Rock in Rio Lisboa 2006;
- O casaco T.H. que está na montra da "Loja das Meias" na Baixa;
- Um fim-de-semana de compras em Londres ou Nova Iorque sem olhar a custos.
Espero não ter exagerado na dose. O mais importante de tudo é que seja mais um Natal cheio de saúde e alegria junto daqueles que mais gosto: a minha família e amigos. Tudo o resto vem por acréscimo, é só uma questão de tempo. Até à noite de 24 és o seu verdadeiro escravo em troca do sorriso das crianças para quem o Natal é a época mais feliz do ano. Oxalá todas tivessem essa sorte, mas infelizmente nem sempre isso é possível...
POR UM NATAL MELHOR !!!
AML

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Garfield e o espírito natalício

Palavras para quê!? Esta imagem vale por 1000... Garfield no seu melhor: adoro este gato =)

domingo, dezembro 18, 2005

"Broken flowers"


É o mais recente filme de Jim Jarmusch protagonizado por Bill Murray (Don JohnsTon), um D. Juan incurável que enriqueceu à custa da indústria informática e que tem pavor a compromissos. As flores são uma presença assídua na sua vida, mas tal como as suas relações partiram-se.
Na manhã em que é votado ao abandono pela sua mais recente conquista, chega uma carta anónima, escrita à máquina em papel cor-de-rosa, remetida por uma ex-namorada que o informa que tem um filho de 19 anos que poderá procurá-lo. Don é incentivado a deslindar este mistério pelo seu vizinho e amigo mais chegado, Winston (Jeffrey Wright), pai de família e candidato a Sherlock Holmes. Embora relutante, faz-se à estrada para descobrir se tem realmente um filho e qual das quatro mulheres que amou (Sharon Stone, Frances Conroy, Jessica Lange e Tilda Swinton) será a mãe.
Contudo, a visita inesperada às "mulheres da sua vida" não deixa de ser hilariante e um pouco violenta, levando-o a reflectir sobre o seu passado e presente e a imaginar como teria sido a sua vida na companhia de uma das suas paixões.
O prazer desta viagem está na forma como decorre e não na viagem em si. Um candidato a pai com uma vida melancólica e aborrecida que, no final, se encontra consigo próprio e permite-nos descobrir a sua identidade ao som de uma banda sonora peculiar e interessante.
Uma sugestão de fuga às compras de Natal num domingo à tarde em Dezembro...

Enquanto a noite cai ...

Elevador de Santa Justa - Lisboa (Novembro 2005)

... Lisboa transforma-se numa autêntica cidade luz nesta época natalícia. Há uma magia no ar =)

sábado, dezembro 17, 2005

É só facturar

Estamos a uma semana do Natal. O caos instalou-se. As lojas rebentam pelas costuras. As pessoas andam na azáfama dos últimos presentes. As caixas não param de facturar, batendo todos os records de utilização dos cartõezinhos mágicos. A fila dos embrulhos toma a forma de um caracol. Os sacos acumulam-se. Os miúdos deliciam-se com o Pai Natal, sentando-se no seu colo e tirando a foto da praxe. As ruas estão cheias de gente apressada e resistente ao frio gelado.
Eis o cenário natalício de norte a sul do país.
Onde está a crise!?

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Relações (im)perfeitas

"Uma rapariga cheia de sonhos" (Shopgirl) reúne os ingredientes para ser uma comédia romântica, mas mostra-nos a outra face do amor, ou seja, a melancolia e a depressão provocada pela ausência de carinho. Steve Martin (Ray Porter), Claire Danes (Mirabelle) e Jason Schwartzmanon (Jeremy) compõem um triângulo amoroso, que espelha as imperfeições dos relacionamentos.
Mirabelle é o protótipo da carência afectiva: a aspirante a artista vende luvas e outros acessórios numa loja conceituada, levando uma vida melancólica e solitária na ânsia de um abraço. A sua vida começa a dar sinais de mudança ao conhecer acidentalmente Jeremy, que reúne todas as características que um homem não deve ter. Este sonhador resolve partir em digressão com uma banda rock, alterando totalmente o seu comportamento com Mirabelle através dos livros sobre relacionamentos. Contudo, a mudança radical acontece ao conhecer Ray, um homem disposto a dar-lhe tudo menos amor e um compromisso, representando uma autêntica lufada de ar fresco no seu bem estar.
Os dados estão lançados. O veterano Steve Martin representa todos aqueles meninos que não têm "tomates" para assumir uma relação, preferindo viver na certeza de ter alguém a quem recorrer quando precisam e deixando-nos perante uma incerteza relacional. Certamente, já fomos todas vítimas destas armadilhas e quem não foi CUIDADO! A personagem de Claire Danes não compreendeu as condições da relação e acabou por sair magoada e desiludida. O homem perfeito transformou-se num monstro cruel e sem escrúpulos, não olhando a meios para atingir os seus fins. Por seu turno, Jeremy é uma espécie em vias de extinção dado que, após o seu retiro espiritual, acordou para a vida e caiu na real, lutando por aquilo em que acredita.
O desfecho da história é realista e original com a escolha de Mirabelle a recair sobre um abraço e não sobre a incerteza.
Uma autêntica lição de vida...
Porque as relações nem sempre servem como uma luva...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Os pequenos que querem ser grandes...

Portugal pode ser mau em muita coisa, mas orgulha-se de ter a MAIOR árvore de Natal da Europa, instalada na Praça do Comércio da sua capital, Lisboa. Com dois milhões de luzes e 72 metros de altura, foi inaugurada com toda a pompa e circunstância no dia 19 de Novembro e procura encantar miúdos e graúdos até 8 de Janeiro. Trata-se de uma iniciativa conjunta de uma instituição bancária de renome e de uma conhecida estação de televisão.
Partilhar as emoções num época especial é o papel de embrulho que envolve esta autêntica operação de marketing dissimulada. Objectivo atingido: as filas de trânsito no perímetro da árvore aumentam com o chegar da noite e a multidão vai-se juntando ao seu redor completamente deslumbrada com o espectáculo de luz e cor.
Se a maior árvore de Natal da Europa está em Lisboa, a maior do mundo está no Rio de Janeiro. Não é irónico!? Os dois países irmãos estão no topo e na boca do mundo, ostentando as suas estruturas metálicas cintilantes. Enquanto os "pequenos" se sentem gigantes, os "grandes" riem de tamanha pequenez de espírito.
Em tempos de aperto do cinto, estamos perante a cereja (amarga) no topo do bolo. Portugal no seu melhor (ou não!?)...

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Falta um mês...

... para completar 1/4 de século!

SOCORROOOO...

sábado, dezembro 10, 2005

Praga oriental

Há uns anos atrás, as lojas chinesas concentravam-se na zona do Martim Moniz. Actualmente, são uma autêntica praga nacional, dizimando o nosso comércio.
Instaladas em prédios novos, tratam-se de espaços amplos com várias filas de prateleiras cheias de mercadoria. A variedade de produtos é grande e os preços convidativos. A qualidade deixa um pouco a desejar. O atendimento é eficaz e prestável q.b. acompanhado por aquele sotaque peculiar. O horário laboral é quase non-stop como as lojas de conveniência. É raro ver a tabuleta ENCERRADO ou VOLTO JÁ nas suas portas.
Um paraíso para quem tem uma carteira pouco recheada, podendo comprar muito com poucos €'s. Quantidade não é qualidade, mas em tempos de crise vale tudo.
Por muito que me esforçe, não lhes acho a mínima piada. Só entrei em duas ou três e parecem-me todas iguais desde os produtos até aos donos ou empregados. Uma pessoa entra e só tem vontade de sair dada a dificuldade de se movimentar lá dentro. Uma autêntica mina de bugigangas inúteis.
Serei assim tão exigente ou esquisita!?

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Feriado deambulante

Nada como um feriado a meio da semana para quebrar a (caótica) rotina laboral.
Os portugueses sairam à rua munidos da sua carteira recheada (ou não!?) e dos cartões de plástico para o programa típico das primeiras semanas de Dezembro: compras de Natal!
Não fui excepção à regra e lá fui eu para uma das zonas mais benzoca de Lisboa: Av. de Roma e Guerra Junqueiro. Por incrível que pareça aquela zona comercial não foi esquecida em detrimento das grandes catedrais de consumo como o Colombo, Vasco da Gama, Amoreiras, entre outros. Autênticos antros de consumo com uma atmosfera saturante e sufocante onde o verdadeiro espírito natalício é praticamente inexistente, imperando uma febre consumista. Lojas apinhadas de pessoas com sacos e mais sacos com embrulhos q.b..
Ao deambular pela Guerra Junqueiro, constatei que muita gente estava apenas a disfrutar de um passeio em dia feriado, seguindo ao sabor do vento sem qualquer vestígio consumista completamente alheios à confusão da fúria de comprar e vender das lojas daquela zona.
A tradição ainda é o que era... há pessoas que vibram com as decorações natalícias que invadem as principais artérias lisboetas; gostam do choque térmico do entra e sai das lojas, de comer castanhas quentinhas a estalar enquanto se deambula e sentir aquele frio gelado na cara. E eu sou uma delas!

sábado, dezembro 03, 2005

Já tinha saudades...

... deste vale encantado onde nada se passa!
... do ar puro da serra!
... de (re)ver os meus amigos de infância e da escola!
... da vida monótoma e calma!
... do silêncio!
... dos meus aposentos no sótão!
... do café depois de almoço acompanhado pelo belo do jornal!
... das tardes chuvosas em frente à televisão de manta nos joelhos!
... dos copos de início de noite com os (poucos) resistentes, que diminuem de semana para semana!
... de passear de carro estrada acima estrada abaixo!
... do frio que gela os ossos!
... de ouvir a chuva cair no telhado e pensar que não tenho de ir trabalhar!
... de andar em casa de corpinho bem feito à pala do aquecimento central!
... da lareira acesa e das castanhas assadas!
... da comida da mamã ou da avózinha!
... de não ter tarefas domésticas para fazer (passar a ferro, lavar a loiça, limpar a casa, etc)!
... de CASA!
Apresento-vos o meu refúgio de fim-de-semana, minha terra natal (Paraíso do Calcário), onde será sempre bom voltar nem que seja apenas por dois dias porque "tudo o que é demais, enjoa!".

quinta-feira, dezembro 01, 2005

COMO O TEMPO VOA

Benvindos ao último mês do ano de 2005 =)