domingo, dezembro 31, 2006

Desejos para 2007

Feito o balanço, chegou a hora dos desejos...
Em 2007:
- gostava de encontrar aquela companhia de sonho, apaixonar-me à séria e ser correspondida. Caso contrário, prefiro estar como estou;
- gostava de continuar as minhas viagens: voltar a Paris, conhecer Madrid, regressar a Nova Iorque e apanhar sol nos trópicos;
- gostava de continuar a ter motivos para sorrir... amores, amizades;
- gostava de adquirir o meu pc xpto;
- gostava de ter mais paciência para as lides culinárias;
- gostava de ter mais tempo para ler as minhas pilhas de livros e ver os dvd's emprestados;
- gostava de (re)aprender a falar francês;
- espero que o meu trabalho continue de vento em popa. Em caso de mudança, que seja para melhor;
- espero continuar a ser bafejada pelas coisas boas da vida: festas até de manhã com muitos brindes, bons livros, música, filmes sempre em boa companhia;
- espero que, a 11 de Fevereiro, se vote em consciência;
- espero que Portugal deixe de estar na cauda da Europa e que os aumentos deixem de ser um hábito...
- espero ser muito, muito feliz (e vocês também!);
- espero que, daqui a um ano, volte a formular novos desejos e que tenha um reveillon cheio de glamour, pompa e circunstância;
Cá vai o último desejo da praxe: muita saúde, paz e amor para mim, família, amigos, conhecidos e a todos os leitores deste blog. Boas saídas e óptimas entradas em 2007! Até para o ano...

ELOGIO

Nada como terminar o ano em beleza e deparar com um elogio ao nosso trabalho na imprensa nacional:


"A companhia de aviação Portugália, que, após 17 anos de bom serviço e vida atribulada, acaba de ser vendida à TAP, foi pela quinta vez consecutiva eleita a melhor companhia aérea na sua categoria. O júri é internacional e tem sede em Londres. Esta proeza da Portugália deve-se quase exclusivamente ao seu presidente nos últimos 15 anos: Ribeiro da Fonseca levantou do chão uma companhia, construiu uma equipa que suava com ele e por isso acreditava com ele, é ouvido no meio e é uma referência na história dos aviões. Em Portugal despreza-se militantemente o mérito, elogia-se pouco, nivela-se por baixo. Eu não. Por isso, na hora da despedida, aplaudo ambos: a companhia e o seu presidente."

Maria João Avilez
, na secção de Opinião (Dia Sim Dia Não)
Revista Sábado (Dezembro 2006)


Aproveito a oportunidade para expressar o meu orgulho em pertencer a essa equipa (já lá vão dois anos)... É gratificante ver o nosso trabalho reconhecido. Muito Obrigada...

sábado, dezembro 30, 2006

MYSELF@2006

Mais um ano que termina. É uma época propícia a balanços e outras nostalgias. Simultaneamente, fazem-se novas promessas de vida e busca-se incessantemente por uma noite de reveillon inesquecível. Até parece que a passagem das 23h59 para as 0h de 31 Dezembro para 1 de Janeiro é um acontecimento de outro mundo. Transcende-me a excessiva importância conferida a uma noite do ano, igual a tantas outras. No meu caso, trata-se de uma das mais calmas: devo ser a excepção à regra... Oh não!
Deixemos os devaneios nocturnos de fim de ano no seu devido lugar, vamos ao que interessa. À semelhança dos meios de comunicação social, decidi fazer uma retrospectiva destes últimos 365 dias da minha vida.


2006 não foi um ano mau, muito pelo contrário. Foi preenchido de altos e baixos. Um belo ano a recordar. Foi assim:
- Completei 1/4 de século sem grandes badalações, junto daqueles que tinha de ser =);
- Aderi ao King Kard, que passou a Medeia Card em meados do ano. As salas de cinema do Fonte Nova e Monumental passaram a ser um segunda casa. Entre as películas que vi, gostei sobretudo de Match Point, The Departed, Paris je t'aime, Ice Age II, Volver, Miss Little Sunshine, Marie-Antoinette, The Holiday, Babel, etc.;
- Vi nevar pela primeira vez no meu paraíso do calcário;
- Vibrei nos concertos de Jack Johnson, Pearl Jam e nos 25 anos de carreira de Rui Veloso;
- Diverti-me à grande pelas ruas do Bairro Alto, no terraço da Kapital (recentemente encerrada), nas 4ªs do W, no ambiente fashion do Lux, nas noites de Verão do Tamariz, no conceito lounge do Bambi em S. Pedro Moel, nos sábados do Fish... Jamais esquecerei a Festa de Branco da República do 69, o MiraDance e o VAIS? da noite de Natal. Dançei muito. Continuei fiél ao Bacardi Lemon, mas descobri a frescura de um Gin com Se7en up;
- Descobri novos restaurantes (Chez Degroote ao Chiado, Inkulto, 5 Elementos, Mercearia Vencedora no Jardim do Tabaco) e cafés (Aromas à Av. do Uruguai; Meninos do Rio à beira Tejo; Saint Germain Lounge ao Chiado, Café dos Teatros no S. Luiz) na bela Lisboa;
- Paguei uma multa ao fisco por não ter declarado umas míseras horas de trabalho num Contact Center em Dezembro de 2003;
- Mudei de visual (algumas vezes) e as minhas mãos ganharam um novo encanto;
- Continuei o meu trabalho no mundo da aviação;
- Fui de férias à Ilha do Sal (Cabo Verde), trouxe um novo penteado, um belo bronzeado e uma ginga poderosa... Aquela terra africana faz maravilhas à alma ;) Viajei pela primeira vez em cockpit num F100 até ao Porto num fim-de-semana de loucura para a célebre Queima das Fitas da Invicta: os Xutos&Pontapés partilharam o hotel comigo. Repeti a dose do cockpit na volta de umas folgas no Funchal: hotel de 5 estrelas com direito a um tratamento no spa, uma vista brutal, uma alucinante descida nos tradicionais cestos, comida do melhor e umas ponchas de beber e chorar por mais. Voltei à cosmopolita Londres para um fim-de-semana diferente;
- Vi as minhas férias de Junho estragadas pelo mau tempo e, nas de Setembro, não pude conhecer Budapeste por causa de uma revolução;
- Deambulei pela capital vezes sem conta. Chiado acima, Chiado abaixo. Usufrui do meu estatuto de residente lisboeta para entrar à pala no Castelo de S. Jorge. Visitei pela primeira vez as Ruínas do Carmo;
- Troquei de telemóvel e aderi à febre do MP3;
- Não li tantos livros quanto gostaria. Demorei a terminar o Codex 362 de José Rodrigues dos Santos. Fiquei fã do novo semanário Sol, sobretudo do suplemento Tabu;
- Vibrei com o mundial, mas fiquei triste com o 4º lugar da nossa selecção. Merecíamos mais;
- Voltei a encontrar pessoas 'desaparecidas' que não aqueceram o lugar na minha vida;
- Fiz novos amigos e especiais. Percebi que gosto cada vez mais daqueles que estão sempre ali para o que der e vier;
- Passei o Verão entre Lisboa e S. Martinho do Porto, a minha baía prateada, num stress constante. Felizmente, caí fora em boa hora;
- Consegui ir finalmente às Berlengas, um paraíso perdido;
- Fui ao teatro;
- Deliciei-me com as decorações natalícias;
- Continuei as minhas idas ao ginásio. Viciei-me nas aulas de RPM, Body Pump e Body Combat;
- Postei muito;
- Tirei muitas e muitas fotos para mais tarde recordar;
- Houve noites em que dormi (muito) pouco;
- Ri, chorei e sonhei...


Voilà...
Não me posso queixar de 2006! Espero que 2007 me supreenda ainda mais e que seja um ano mágico. Os desejos ficam para amanhã, o último dia do ano!

THE HOLIDAY


... Em português, "O Amor não tira férias" é a comédia romântica deste Natal à semelhança de anos anteriores com "A Jóia de Família" e "Love Actually". Uma história que fala de desilusões amorosas, trocas de casas e novas descobertas: Amanda (Cameron Diaz) e Iris (Kate Winslet) moram a milhares de quilómetros de distância - uma em Los Angeles e a outra em Londres - e trocam de residência para esquecer as últimas relações falhadas. Nas suas 'novas casas', Amanda dá de caras com o irmão de Iris, Graham (Jude Law), e esta com Miles (Jack Black), um amigo do ex-namorado de Amanda. Aparentemente confuso, eis o argumento do novo filme de Nancy Meyers [realizadora de "Alguém tem que ceder"e "O que as Mulheres Querem"], podendo ser vivido por qualquer pessoa que tente fazer uma relação funcionar. Todos estamos no mesmo barco e descobrimos qualquer coisa acerca de nós próprios. Lanço-vos um desafio, assistam ao filme e tirem as vossas conclusões. Não se vão arrepender...



Uma história deliciosa com excelentes diálogos e muito humor com extraordinários desempenhos dos quatro protagonistas, cada um no seu estilo inconfundível... Iris é o protótipo da mulher fabulosa aos olhos dos outros - culta, bonita e bem sucedida profissionalmente -, que se esconde e autoflagela ao insistir numa relação que nunca o foi. A sua obcessão por Jasper leva-a ao isolamento no seu mundo, vivendo em constante depressão na ânsia de alguma atenção, que surge sempre encoberta por segundas intenções. Quem é que não vi(ve)u este filme!?! Todas nós mulheres, vítimas do implacável AMOR NÃO CORRESPONDIDO, tornando-se, por vezes, um obstáculo para que o verdadeiro se manifeste, ansiado durante uma vida inteira. Amanda é a mulher dos sonhos de qualquer homem; uma autêntica diva, extremamente bem sucedida, mas tem um grave problema: fazer com que uma relação funcione; pensa demasiado e faz imensos filmes, adorando utilizar a expressão 'e se...'! Join the club... Problemas com os homens é o grande elo de ligação entre o sexo feminino. Graham e Miles não assumem o papel típico de machos com coração de pedra, muito pelo contrário: mostram alguma sensibilidade, provando que o amor toca a todos - homens e mulheres - e as consequências podem ser igualmente catastróficas (oh não!). O papel de Jude Law é absolutamente enternecedor, uma verdadeira surpresa: um homem aparentemente 'ocupado' (leia-se extretamente solicitado pelo sexo oposto) veste a camisola de pai (e mãe) a full time, tendo apenas olhos para as suas princesas: Sophie e Olivia. A personagem de Jack Black tem os seus encantos, protagonizando momentos hilariantes. É sublime a cena no sofá em casa de Amanda, onde desabafa as suas mágoas com Iris que, por sua vez, diz o que lhe vai na alma num discurso fabuloso sobre tentativas frustradas de dar a volta por cima. Revi-me em cada uma das suas palavras... É impressionante como gostamos de nos menosprezar; nem mil cortes de cabelo ou noites de copos com amigos apagam os 'maus tratos' amorosos que sofremos e o mais incrível é que assumimos as culpas do que terá corrido mal e desperdiçamos tempo a enganarmo-nos ao insistir em algo que só existe em mentes a abarrotar de filmes, dignos de um prémio hollywoodesco ou do Festival de Cannes... e o que ganhamos com isso!?! Muitos cabelos brancos e, em casos extremos, um estado de depressão permanente. Desenganem-se os que pensam que não há solução para fracassos amorosos: há coisas que estão mesmo à frente dos nossos olhos e não as vemos. Não há nada como levantar a âncora do passado, erguer a cabeça e seguir em frente... Não deixem que o futuro se baseie nas eternas lembranças do passado! A solução está em viver o inesperado, procurando tirar o máximo partido da condição de protagonistas das nossas próprias vidas e deixar os papéis secundários para quem nos rodeia. O amor percorre caminhos sinuosos, mas vai chegando de mansinho, pé ante pé; não é ilusão de óptica. Muitas vezes, pagamos caro por negligenciarmos os nossos sentimentos, impedindo que algo puro flue naturalmente... (suspiro)

sexta-feira, dezembro 29, 2006

007 - Casino Royale


"My name is Bond, James Bond" - é a deixa final de mais um filme da saga do agente secreto britânico 007, cuja interpretação coube a Daniel Craig, envolta em alguma polémica. Casino Royale dá-nos a conhecer um James Bond mais humano, cujo coração se deixou inibriar pelo encanto de uma bela mulher, que não é quem parece, provando que o inimigo pode dormir mesmo ao nosso lado. Os míticos Dry Martinis deram lugar a um novo néctar dos deuses, baptizada de Vesper em homenagem ao seu novo amor. Judy Dench continua fabulosa no papel da misteriosa M. Algumas cenas de acção são de cortar a respiração, bem como os cenários fabulosos nas praias das Bahamas e a inigualável Veneza. O suspense marca presença, sobretudo quando o protagonista está às portas da morte. Confesso que nunca fui grande fã dos filmes de JB, mas Daniel Craig surpreendeu-me pela positiva, protagonizando um James Bond completamente diferente daquilo que estava habituada. O seu corpo escultural e o olhar de um azul profundo são um contributo extraordinário. Moral da história: não se deve confiar em ninguém, muito menos numa mulher! Há poderes femininos que desarmam o mais forte dos homens até o mítico 007... Curiosos!? Vejam o filme...

De volta

... a mais uns dias de paz e sossego no vale das Serras de Aire e Candeeiros, vulgo Paraíso do Calcário (Mira de Aire), para o último fim-de-semana do ano. LOUCURA!!!
Antes de mais, é tempo de pôr os posts em dia e matar saudades de blogs, msn e afins... Dramas de uma internet-dependente privada da companhia do seu pc nas longas noites na Grande Lisboa!!!
Até jááááááá...

terça-feira, dezembro 26, 2006

De partida

... até à capital para uns dias de trabalho. 6ª estarei de volta! Até lá... portem-se mal, mas com estilo...

The END

Não fui, mas estive lá em pensamento =) afinal houve alturas da minha vida lisboeta em que se tornou uma espécie de segunda casa... Grandes noites até ao sol raiar que irão ficar para sempre na minha memória!!!

No comments


FUI! E quem não esteve presente, não sabe o que perdeu... AZARRR!
Como em Mira de Aire, Natal não é só família, mas também amigos e diversão; manda a tradição vir para a rua, depois das doze badaladas, continuar a festa. O espírito nunca falha. Mais um ano se comprovou que ELE é omnipresente nestas noites mirenses à antiga, em grande e sempre 'prá frente' (como canta o hino). Só vos digo que o espírito dionísiaco baixou sobre muita gente... O que vale é que só é Natal uma vez no ano... Manda a tradição que a dose se repita em 2007 (oh não!). A ver vamos...

domingo, dezembro 24, 2006

LER: MENSAGEM IMPORTANTE

Não tenho muito jeito para mensagens hiper elaboradas, por isso aqui fica a mensagem de Natal do La Luna:


"Caros 'visitantes' deste blog, venho por este meio declarar oficialmente os meus votos de Feliz Natal, com muita paz e amor... Uma consoada cheia de good vibes, prendinhas e doces. Cuidado com os excessos e não deixem que o espírito natalício desapareça na manhã do dia 26. Até breve... Ho ho ho!"

sábado, dezembro 23, 2006

Momento natalício #5

Óbidos é uma vila encantadora em plena região Oeste. Com o patrocínio do BES, o charme do património uniu-se à magia do Natal, seduzindo miúdos e graúdos (adeptos do espírito natalício). Sejam benvindos ao mundo da fantasia, onde não faltam os personagens desta quadra festiva. Apertem os cintos porque a pequena viagem fotográfica à Vila Natal vai começar...


Óbidos by day

A entrada

Um dos presépios em exposição

A igreja

A bela da ginja em copo de chocolate. Txim Txim!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Mini férias

É Natal, é Natal, lálálá... Estou a gozar o meu último dia de férias do ano, apanho o fim-de-semana natalício e a tolerância de ponto a 26 vem mesmo a calhar... Ouro sobre azul! Só regresso à Capital na 3ª lá para a tarde e 4ª é dia de 'batente'. A brincar, a brincar... umas mini férias no Vale Paradísiaco... YEAH YEAHHHH... Sempre a bombar!

domingo, dezembro 17, 2006

Modernices


O grande dia aproxima-se a passos largos. O tempo urge. No meio de tanta azafáma, consegui uns minutos para te escrever. Benditas novas tecnologias. O meu e-mail vai chegar num instantinho ao frio da Lapónia. Ao contrário do ano passado, a minha lista é mais reduzida porque a crise toca a todos. Este ano contento-me com:
- uns vales da FNAC, aquele antro de perdição, para esbanjar em livros, cd's, dvd's e afins;
- o modelo de Natal da SWATCH, que está em tudo o que é outdoor;
- um portátil XPTO com aquele toque design fashion;
- uns vales de compras no piso de moda jovem do El Corte Inglês (piso 3, salvo erro);
- um Clio novinho, para as minhas voltinhas;
- uma máquina digital para registar os melhores momentos da vida (para mais tarde recordar) e muitos álbuns de fotografias;
- mais uns centímetros de altura (sem ter de andar de sapatos tipo palco);
- a continuação de uma vida em pleno com muitas viagens pelo meio e desbunda.
Fico-me por aqui. Achas que consegues tudo!?!? Como sou adepta da máxima "O Natal é quando o Homem quiser", não precisas de trazer tudo na noite de 24 até porque a minha chaminé não é grande e não tenho sapatos que cheguem; podes distribuir durante o próximo ano, boa!? Se tudo correr bem, para o ano falamos. Fica bem e bom trabalho.
Um consoada em pleno com tudo do bom e do melhor porque mereces =) Atenção aos abusos, até porque convenhamos que já não estás para novo; os anos começam a pesar e já se nota nessa longa barba branca... Um Feliz Natal para ti e para os teus...

AML

sexta-feira, dezembro 15, 2006

The Queen - o outro lado da História

A 31 de Agosto de 1997, o mundo acordou com a notícia da morte da mediática Lady Di - Diana Spencer -, Princesa de Gales, mãe do herdeiro da coroa britânica, num acidente de viação na Cidade-Luz. Um choque... Nem queria acreditar na voz trémula de Clara de Sousa, pivot do noticiário da hora de almoço, divulgando a fatalidade. Não perdi um documentário, nem a programação especial; uns dias mais tarde, acompanhei o seu funeral em directo na televisão com muita emoção. Fiquei triste só de pensar nos dois príncipes menores - William e Harry - entregues a um pai old fashion e a uma avó gélida, mais carinhosa com os animais do que no seio familiar.
Em The Queen, Stephen Frears conta o outro lado da história que os media não exploraram, obcecados pela figura da mítica Princesa do Povo, especulando sobre a batalha épica que se terá travado entre a Família Real e o Governo Britânico durante esses dias... enquanto uma nação em luto aguardava decisões por parte dos seus líderes. O que começou por ser um braço de ferro entre as duas instituições, terminou com uma certa cumplicidade, garantindo alguma estabilidade à monarquia e cimentando a popularidade de ambas: a monarca com quase meio século de reinado e o jovem político - recém eleito Primeiro-Ministro - Tony Blair.
De salientar os desempenhos notáveis de Helen Mirren e Michael Sheen nos papéis de Sua Majestade e Tony Blair, respectivamente; o argumento de Peter Morgan, conseguindo um retrato preciso da monarquia e da cultura britânicas; a simplicidade dramática e narrativa; com a mistura da ficção e recriação com imagens de arquivo, Frears proporciona ao espectador uma visita guiada a uma instituição tão rígida e fechada, como a monarquia britânica, sem nunca cair no 'voyeurismo', fazendo-o de uma forma inteligente e perspicaz.
Um regresso ao passado recente. A outra face da História: a morte polémica da Princesa Diana, a lufada de ar fresco na bafienta coroa inglesa que, por sua vez, sempre a odiou. Não deixam de ser curiosas as imagens de uma Família Real impávida e serena, em frente à televisão, perante as imagens de pessoas anónimas que choravam pela morte da Princesa do povo: DIANA!
Passados (quase) dez anos, quem não recorda o sorriso doce e meigo de Lady Di? A English Rose partiu, mas será recordada em todo o mundo; PARA SEMPRE!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Momento natalício #4

Quem passa pelo Chiado nas vésperas do Natal, não fica imune ao espírito que paira no ar e o cair da noite dá-lhe aquele encanto irresístivel... Aqui ficam as provas do crime. Espero que gostem e vibrem tanto como eu... Absolutamente delicioso!

Rua do Carmo ao final da tarde

O Antes e Depois da Rua Garrett, respectivamente

Praça Luís de Camões (ao Bairro Alto)

terça-feira, dezembro 12, 2006

Momento natalício #3

Mais uma voltinha por uma Lisboa cada vez mais natalícia... O bairro do La Luna também se rendeu à febre de luzes, cores e desejos de BOAS FESTAS!



O recanto do Pai Natal (ausente)... HO HO HO


A caminho de casa, todos os caminhos brilham (Av. Gomes Pereira e Av. do Uruguai, respectivamente)...

X'mas is all around...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Fim-de-semana XL: THE END


"Why do all good things come to an end?" - canta incessantemente Nelly Furtado num dos seus últimos singles. Uma interrogação que faz todo o sentido num domingo à noite, véspera da temível segunda-feira, com a agravante de ter tido como antecedente um fim-de-semana de três dias (abençoado feriado da Imaculada Conceição na 6ª feira, dia 8 de Dezembro).
Posso dizer que foram dias vividos com muita tranquilidade (como diz aquela personagem do RAP): uma visita relâmpago ao Paraíso do Calcário, um noite de sábado diferente, em boa companhia, com a melhor vista sobre a minha cidade - LISBOA - e um domingo retemperador de forças com um serão em frente à tv. Depois de assistir ao filme Feliz Acaso (Serendipity -2001) na RTP1, tenho uma lágrima no canto olho. Uma comédia romântica feita de encontros e desencontros de duas almas gémeas, intepretadas por Lilli Lavine e Michael Guarino Jr., que o destino decide pôr à prova numa sucessão de sinais que, nem o tempo e a distância, conseguem apagar. Tudo acontece por uma razão - é o típico cliché, que resume esta história em que o destino é o grande protagonista. Só é pena que na vida real, não seja assim tão linear, tornando-se demasiado transcendente.
Por agora (leia-se hoje), o meu destino está traçado: CAMA. Amanhã é 2ª feira, aquele dia da semana insuportável... GRRR!!!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Borat, the movie

My name is Borat... - é o cartão de visita do jornalista do Cazaquistão nas ruas de Nova Iorque. Criada pelo actor Sacha Boran Cohen, a estreia desta personagem teve lugar no seu programa Da Ali G Show (Channel 4 e na HBO), ganhando vida no grande ecrã no filme Borat: Aprender Cultura da América para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão.
Este repórter estrangeiro parte para os U.S. and A. com a missão de pesquisar os usos e costumes dos norte-americanos para assim melhorar o glorioso Cazaquistão. Borat entrevista pessoas reais dos mais diferentes tipos desde feministas de Nova Iorque a políticos de Washington, deixando-os em estado de choque: alguns acreditam na personagem e no que ele diz; outros ficam perplexos. Nas ruas da Big Apple, vai suscitando diversas reacções perante as pessoas. A sala enche-se de gargalhadas com as peripécias deste homem estranho que fala um inglês macarrónico, não tem 'papas na língua', considerando normais atrocidades como a violação.
Um filme que retrata o ambiente paranóide que se vive na América actual, recorrendo ao humor ácido e à ironia como armas. Uma caricatura do american way of life com o imprescindível toque satírico. Uma crítica inteligente a alguns sectores da sociedade americana. Uma verdadeira palhaçada com (alguma) piada.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Fim-de-semana XL

Ai está ele com toda a sua pompa e circunstância, pronto para ser vivido ao máximo. Só vos digo que já está a saber que nem ginjas e mal começou... Vou dando notícias. FUI!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Uma tragédia portuguesa, quase uma comédia

... sintetiza na perfeição o último filme de José Fonseca e Costa: Viúva Rica, Solteira não fica. Uma sátira à sociedade aristocrata do século XIX. A acção gira em torno de D. Ana Catarina, uma jovem que chega a Portugal para casar, mas o destino prega-lhe partidas, perdendo o pai e o marido no mesmo dia. Esta personagem dramática, interpretada por Bianca Byington, utiliza as armas que dispõe para conseguir o mínimo de liberdade. Tão bela quanto rica, não faltam pretendentes a Ana Catarina; o que eles desconhecem é que são candidatos a defuntos. A distância entre o altar e o cemitério é muito curta.Tantos maridos não saciam o coração da jovem, que vai despachando maridos atrás de maridos até ficar com o homem dos seus sonhos, o único que não pode ou quer ter, Adriano, interpretado por Ricardo Pereira.
Constítuida por um prólogo, 3 actos e um epílogo, esta película retrata os ambientes camilianos e queirozianos numa linguagem deliciosamente maldosa, não esquecendo duas personagens fulcrais: a maquiavélica ama Mariana, interpretada por Cucha Carvalheiro, e o representante do clero (José Raposo), que não se cansa de repetir a sua máxima de vida: "Fortuna que não aumenta, diminui...".
Um filme ideal para combater insónias persistentes devido à sua duração excessiva e uma história demasiadamente repetitiva. Será este o calcanhar de Aquiles do cinema português?


Uma frase que merece destaque:

"Os homens não valem (quase) nada e, no fundo, são todos iguais" - a personagem de Cucha Carvalheiro

sábado, dezembro 02, 2006

CANCELADO


Numa noite gelada de Outono, desço a Av. Fontes Pereira de Melo em direcção ao Teatro Villaret, onde tinha encontro marcado, à mais de um mês, com a dupla António Feio/José Pedro Gomes e outros mais. Alguém pergunta: "Vêm assistir à peça!? Lamentamos, mas não vai haver espectáculo esta noite porque a Cláudia Cadima adoeceu..." Um balde de água fria! E o encontro ficou adiado para o ano que vem... Até lá, as melhoras para a senhora...

Momento natalício #2

O La Luna Nera foi à Baixa Pombalina e deliciou-se com as luzinhas de todas as cores, tamanhos e feitios. No Terreiro do Paço, não falta a maior Árvore de Natal da Europa. Sejam benvindos ao País do Natal...

Ho Ho Ho!!!


Rua Augusta

A Maior Árvore de Natal da Europa está no Terreiro do Paço

Elevador de Santa Justa

Rua da Prata

Espero que tenham gostado. Só vos tenho a dizer que, ao vivo e a cores, o encanto é outro... Magnífico e sublime, para miúdos e graúdos!!! Até à próxima...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Babel

... é o novo projecto do realizador mexicano Alejandro Gonzáles Iñárritu que, à semelhança de Amores Perros (2000) e 21 Grams (2004), volta a apresentar um mosaico fílmico de histórias interligadas. Em vários pontos do globo (Marrocos, México e Japão), têm lugar três histórias que se cruzam, interpretadas por Brad Pitt, Cate Blanchett, Gael Garcia Bernal, entre muitos outros. Segundo Iñárritu, «não vão ver um filme sobre babilónios, marroquinos, mexicanos ou americanos… mas sobre seres humanos».
Babel é um filme de tirar o fôlego, com uma violência emocional vertiginosa, lá desde o alto da torre Babilónica contemporânea... a compreensão humana...
A não perder, nos cinemas nacionais a 28 de Dezembro. Certamente, irei repetir a dose...

Ofereça emoções FNAC

... é o slogan natalício deste "antro" de perdição de livros, cd's, dvd's e outros que tais. Um autêntico apelo ao consumismo. Entrar e sair de mãos a abanar deste mundo encantado, trata-se de uma prova de resistência estóica, uma missão altamente delicada, só para pessoas de fibra, um combate desgastante contra as forças demoníacas do consumo superflúo. Bem sei que a cultura não faz mal a ninguém, muito pelo contrário, mas temos de convir que ser culto em Portugal tem um preço demasiado alto (oh não!). Corrijam-me se tiver errada... Cinema, teatro, música são luxos e, consequentemente, os principais alvos nos cortes do orçamento familiar (reduzido). Não é para todos, só para alguns.
Em dia de S. Receber (30 Novembro), eis que uma engenhosa operação de marketing pré-natalícia foi levada a cabo pela FNAC, "A" loja de brinquedos para graúdos, amantes da cultura, tendo como alvo os portadores do seu cartão de cliente, notificados via DM*. O evento recebeu o nome de dia e noite aderente, oferecendo 10% de desconto sobre todos os produtos (com algumas excepções) e crédito 10x sem juros, das 10h às 3h da manhã. À noite, espumante e música ao vivo nas FNAC's de norte a sul do país. Um convite irrecusável com (livre) acesso ao país das maravilhas. Assim houvesse dinheiro e cartões para satisfazer todos os meus actos de loucura. Confesso que foi a minha estreia neste evento ouro sobre azul, conjugando final do mês e prendas de Natal. Mea culpa est: meti-me na boca do lobo, cai na tentação e perdi a cabeça na FNAC do Colombo, que rebentava pelas costuras às 19h. Muita gente, encontrões, filas gigantes: a confusão total. Aos poucos, lá fui enchendo os braços de livros, alguns dvd's e um cd. STOP! Não levo mais nada, o resto fica para uma próxima. Pagar, embrulhar e andar... Missão compras de Natal: cumprida!
À 1h, os The Gift brindaram o pequeno auditório do FNAC Café Colombo, completamente apinhado, com um concerto supostamente intimista. Cheguei tarde e ouvia-se Ok, do you want something simple, o primeiro grande sucesso da banda de Alcobaça, que esteve em grande: Sónia e o seu vozeirão, o piano e os falsetes de Nuno Gonçalves, a plateia rendida a cantar em uníssono (qual côro Santo Amaro de Oeiras) os hits. Copo de espumante na mão e salgadinho na outra. Uma noite diferente, longe do rebuliço da movida lisboeta. Estou de rastos... It's time to go home sweet home...


* Direct Mail.

terça-feira, novembro 28, 2006

Paris, je t'aime

Quem sai à rua numa noite de temporal? E troca o aconchego do sofá e a companhia da televisão pela chuva e ventania que se fazem sentir lá fora? Só alguém louco, como EU... Digo-vos que valeu o esforço. Querem provas??? Aqui ficam as coordenadas: cinema King (à Avenida de Roma) e um bilhete para o filme Paris Je t'aime. Vejam, opinem e digam qual a vossa história preferida... Gostei sobretudo da primeira, do cego e da americana em Paris. Curiosos?!?!?!


Não resisto à tentação e levanto uma ponta do véu numa tentativa de aguçar o apetite aos mais renitentes. Paris é a cidade do amor, sedutora e romântica por excelência. Paris je t'aime é um filme sobre a Cidade-Luz, uma história de amor, uma visita guiada pelas diferentes ópticas de alguns dos mais aclamados realizadores da actualidade como Gérard Depardieu, Gus Van Stan, Walter Salles, Joel e Ethan Cohen, entre muitos outros. O desafio consistia em contar, numa curta-metragem, uma história ambientada num dos bairros de Paris, revelando o seu fascínio naquela que é tida como a cidade mais romântica do mundo. Esta pluralidade artística resultou num caleidoscópio de histórias sobre alegria, separação, inesperados e estranhos encontros e, sobretudo, sobre o amor, nem sempre com um final feliz. O elenco é notável e internacional, contando com nomes como Natalie Portman, Elijah Wood, Nick Nolte, Juliette Binoche, Willem Dafoe, Emily Mortimer, Marianne Faithfull, entre muitos outros. 22 histórias diferentes constituem a película, cujos vários segmentos foram baptizados com o nome do bairro em que se passam, constituindo as várias partes de um todo. Uma homenagem a Paris com toda a pompa e circunstância. Uma cidade fascinante onde o glamour reina, que todos deviam visitar nem que fosse uma vez na vida...


Aiii, aiii e depois de um filme destes... Quem é que não ficou com vontade de ir a Paris??? Não vejo a hora de regressar. Digamos que na pré-adolescência, os encantos daquela cidade me passaram completamente ao lado; a minha mente só pensava na Eurodisney e só tinha olhos para Mickeys e Minnies. Se o tempo voltasse para trás...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Momento natalício #1

Já cheira a Natal! Não resisti e aqui ficam algumas fotos das decorações natalícias de um dos antros de consumo da Grande Lisboa: Centro Comercial Vasco da Gama junto à Estação do Oriente.

Espero que tenham gostado deste momento natalício. Estamos a menos de um mês de receber a visita do Pai Natal, obaaaa! Até lá, assim que possível, brindo-vos com mais fotos de decorações natalícias espalhadas pela 'minha' cidade e arredores...

O Perfume - História de um Assassino

Mais um livro que ganhou vida na sétima arte: O Perfume, o best-seller mundial de Patrick Süskind, adaptado por Tom Tykwer.
Uma história de morte e obsessão, protagonizada por Jean-Baptiste Grenouille (Ben Wisham), um homem terrivelmente só, na França do século XVIII. Desde cedo, o seu sentido olfactivo bastante refinado destaca-se e leva-o como aprendiz à perfumaria de Giuseppe Baldini (Dustin Hoffman), ultrapassando-o rapidamente na arte de misturar essências, que se tornam a sua obsessão e o afastam da companhia de outros seres humanos. A ideia de preservar os aromas humanos domina-o, assassinando, sem escrúpulos, jovens mulheres cujo cheiro peculiar o atrai. Até que encontra a bela Laura (Rachel Hurd-Wood) que possui uma espécie de essência sobrenatural, dando início a um verdadeiro jogo de gato e rato entre o amor fraternal e a paixão mortal…
Posso dizer que, ao assistir ao filme, fiquei com imensa vontade de ler o livro, um complemento perfeito dado que deve ser mais rico em termos de descrições olfactivas. Transformar os cheiros - tema central do romance - em imagens não é tarefa fácil; daí que o cineasta tenha optado por focar o carácter universal da história: um homem terrivelmente só que luta com o stress de ter de se promover e impressionar os outros. Um tema que assenta como uma luva na sociedade contemporânea e com o qual nos podemos identificar secretamente.

quinta-feira, novembro 23, 2006

The departed

... é o último filme de Martin Scorcese, baseado em 'Internal Affairs' (2002) - blockbuster de Hong Kong -, com um elenco de luxo: Leonardo DiCaprio, Jack Nicholson, Matt Damon e Mark Wahlberg. Um confronto entre a máfia irlandesa e a polícia de Boston em que a tensão e a violência estão omnipresentes. Dois espiões infiltrados: um que pertence ao grupo dos criminosos e outro que integra o departamento de polícia, participando ambos numa rede de intrigas, traições e mentiras em que a honra e a ética ficam de lado. Neste jogo de 'quem é quem', a linha que separa o Bem e o Mal torna-se bastante ténue. Embora num papel totalmente secundário, Martin Scorcese não deixou de incluir um elemento feminino: Vera Farmiga, no papel de uma psiquiatra que se relaciona pessoal e profissionalmente com alguns personagens.
Ao longo de mais de duas horas e meia de filme, as reviravoltas são mais que muitas e o interesse mantém-se até ao final (in)esperado. A fotografia de Michael Ballhaus merece destaque ao enriquecer o filme com uma cor sombreada, reforçando a ideia de ambiguidade e perversidade das personagens. Com temas de Rolling Stones, Pink Floyd e John Lennon, a banda-sonora é a cereja no topo do bolo, dando uma ajuda preciosa neste retrato amoral do mundo do crime, uma temática recorrente na filmografia do realizador.
Simplesmente genial... É o que se pode dizer de um filme com uma história consistente e forte, que nos coloca em constante sobressalto e ansiosos por descobrir o destino das suas personagens. Jack Nicholson representa o vilão perfeito, Frank Costello: «I don't wanna be a product of my environment, I want my environment to be a product of me.».
The departed promete ficar para a História como uma obra-prima da sétima arte e quem sabe tenha chegado a hora da consagração de Martin Scorcese pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood com o tão merecido Óscar, que lhe escapou de todas as vezes que esteve nomeado. A ver vamos...

quarta-feira, novembro 22, 2006

Step up

O La Luna foi à ante estreia do filme Step up*. Não sabia nada sobre a história ou até mesmo os actores: completamente às cegas.
Realizado por Anne Fletcher, Step up conta com as interpretações de Channing Tatum e Jenna Dewan nos principais papéis a juntar a um elenco de estreantes multi-facetados e talentosos. É o típico filme para comer pipocas, que passará na televisão num domingo à tarde. A história não é nova, mostrando dois mundos diferentes: Tyler Gage (Channing Tatum) é um jovem rebelde do lado errado das ruas de Baltimore, que deseja ardentemente sair de onde vive e lutar para ser alguém, e Nora (Jenna Dewan) é uma privilegiada bailarina de uma escola de artes de elite. Estes dois mundos não podiam ser mais controversos, mas, quando os seus destinos se cruzam, é despoletado um conto de fadas ao ritmo do hip-hop, sobre a tentativa única na vida de tornar realidade um sonho improvável. Todos merecem uma hipótese de conseguir os seus sonhos, mas algumas pessoas apenas têm uma única oportunidade.
Step up é uma enérgica história de transcendência conduzida ao ritmo da música e da dança. O ritmo, as coreografias e os bailarinos encantam os espectadores, tendo como pano de fundo uma mensagem positiva, de esperança.


* Johnny e Lipa, obrigadaaa pelo convite.

sábado, novembro 18, 2006

O Diabo veste Prada

Nos últimos tempos, têm sido muitos os livros a ganhar vida no grande ecrã, tal como The Devil wears Prada (2003), o primeiro romance de Lauren Weisberger, um enorme sucesso de vendas. A adaptação cinematográfica foi levada a cabo por David Frankel, que realizou alguns episódios d' O Sexo e a Cidade.
Como ainda não li o livro, não posso estabelecer qualquer tipo de comparação ou identificar os pormenores que escaparam ou, por alguma razão, não mereceram o devido destaque no filme.

Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jornalista cheia de sonhos e ilusões, recém licenciada, que o destino quis pôr à prova ao arranjar um emprego de sonho - ser a segunda assistente da implacável Miranda Priestly (Merly Streep), a mão de ferro da Runaway, a revista de moda mais importante do mundo. Os abusos de poder da sua superior são excessivos e típicos de alguém que se considera o supra sumo ao cimo da Terra, fazendo-lhe a vida negra ao atribuir tarefas que pouco têm a ver com a revista. Valerá a pena trabalhar para um Diabo que veste Prada? Estará disposta a enfrentar tudo e todos para subir na carreira?
Não é tarefa fácil encontrar e manter uma assistente competente. Andy é completamente errada para o lugar, mas tem algo que nenhuma das outras tinha: determinação e recusa em falhar, nem que para isso tenha de se modificar à imagem de Miranda. Qual conto de fadas, o patinho feio transforma-se numa mulher de sonho. Um bom corte de cabelo, a maquilhagem perfeita e um guarda-roupa fashion fazem maravilhas... Voilà, um novo look, uma nova Andrea que, aos poucos, conquista a gélida Miranda com muito esforço e empenho, abdicando muitas vezes da sua vida pessoal: o namorado e os amigos de sempre.
"Oh don't be silly - EVERYONE wants this. Everyone wants to be *US*" - e o (im)possível acontece: Andrea torna-se uma fashion victim e é promovida a primeira assistente, merecendo o voto de confiança de Miranda. No entanto, este tão desejado sucesso profissional não deixa de ter um sabor amargo uma vez que a sua vida pessoal está por um fio. Quem esteve sempre do seu lado, não reconhece a "velha" Andrea no seu novo estilo de vida. O mundo do trabalho mudou-a para (muito) melhor, implicando muitos sacríficios. Será este novo mundo mais importante do que aquilo que sempre a rodeou e fez feliz !? De que vale o sucesso se depois não temos com quem o partilhar!?

Para embarcar nesta viagem ao mundo da moda com todas as suas qualidades e defeitos, dirigam-se à sala de cinema mais próxima e vejam o filme. Não se vão arrepender, muito pelo contrário. Merly Streep brinda-nos com uma interpretação fora de série, conseguindo que o espectador fique com um ódio de morte à sua personagem. O guarda-roupa dá vida ao ecrã com as suas cores e glamour: é fantástico (contentava-me com metade, lol). A banda sonora é magnífica, dinamizando bastante o filme com temas muito apropriados às diferentes cenas. Chefes como Miranda não faltam no mundo (cão) do trabalho; se não os conseguimos vencer, só temos de nos juntar a eles... "That's all"...

sexta-feira, novembro 17, 2006

Um ano especial

Uma estreia da semana que merece destaque. Uma história encantadora e envolvente que mistura o drama e a comédia.
Seis anos depois do sucesso d' O Gladiador, Russel Crowe e o realizador Ridley Scott voltam a juntar-se num filme comovente, leve e charmoso.
Um ano especial conta a história de Max Skinner (Russell Crowe), perito em investimentos na Bolsa de Valores de Londres, que muda inesperadamente de vida depois da morte de um tio ao herdar uma propriedade rústica com vinhas, situada no coração da Provença, em França, decidindo vendê-la o mais depressa possível. Contudo, quando chega ao local deixa-se levar pelas memórias dos momentos de infância passados com o tio. Aos poucos, Max começa a sentir-se atraído por tudo o que o rodeia: a paisagem e o ambiente encantador, uma misteriosa mulher que conhece ocasionalmente e uma bela jovem proveniente da Califórnia, que chega para reclamar a sua parte na herança. A forma como encara a vida vai alterar-se, sentindo-se cada vez mais em harmonia com o ambiente. Umas férias "forçadas" que mudaram a sua vida para sempre...


Esta comédia romântica passada entre as vinhas em França e a cosmopolita Londres (as cenas em Piccadilly Circus são um must) deixa-nos a pensar na verdadeira importância do dinheiro: será tudo na vida!?. Diria que não... Lógico que é uma missão (quase) impossível viver sem ele, permitindo-nos comprar tudo. No entanto, há coisas e memórias da nossa vida que o dinheiro não paga, nem com a maior fortuna do mundo. Em vésperas de um MEGA Jackpot no famoso Euromilhões, multiplicam-se os sonhos e as típicas promessas de uma excentricidade utópica, cuja maioria cairá por terra já amanhã com a revelação da chave milionária.
Eis um filme que nos faz cair na realidade: devemos dar valor às coisas que, realmente, são importantes na nossa vida, cabendo a cada um de nós essa selecção...

domingo, novembro 12, 2006

Outra vez... o Verão!

Depois da chuva, o sol está de volta e até parece Verão... o famoso Verão de S. Martinho está ai! Aproveitem porque será sol de pouca dura... Afinal estamos em pleno Outono e não tarda a chuva e o frio vão voltar porque é tempo deles! (suspiro)

sábado, novembro 11, 2006

"Os Vês pelos Bês" de Rui Veloso


No meu 25º ano de vida, Rui Veloso completa 1/4 de século de carreira com o espectáculo "Os Vês pelos Bês" que quase encheu o Pavilhão Atlântico esta noite.
"O pai do rock português" surgiu em palco acompanhado da sua guitarra eléctrica, saudou a assistência e avisou que seria um espectáculo comprido, o que acabou por se confirmar com as três horas de canções. Numa carreira tão longa, uma festa de aniversário polivalente: blues e rock'n'roll para todos os gostos condimentados com pitadas de funk, ritmos latinos e música tradicional portuguesa. Não faltaram grandes sucessos como "Rapariguinha do Shopping", "Chico Fininho", "Porto Côvo", "O prometido é devido", "Porto Sentido", "Primeiro Beijo" ou "A Paixão" que recebeu a maior ovação. Só faltou mesmo "Não há estrelas no céu" e "Sei de uma camponesa", a minha preferida "Morena de Azul" e os merecidos "Parabéns a você"... Uma autêntica maratona musical que contou com a preciosa ajuda dos músicos que há muito o acompanham.
A deficiente acústica do Pavilhão Atlântico fez com que a voz do músico ecoasse e fizesse ricochete nas paredes do recinto sobretudo nos primeiros temas, mas foi-se notando um certo aperfeiçoamento da qualidade musical ao longo do espectáculo, não comprometendo o resultado final. Um dos ecrãs gigantes projectava imagens, vídeos e recortes de jornais que retratam a história do músico. Ao longo do espectáculo, juntaram-se à festa convidados especiais como Mariza, Rio Grande, Luz Casal e Jorge Vadio, um saloio genuíno. Jorge Palma, João Gil, Tim e Vitorino subiram ao palco para interpretar alguns temas como "Fisga" e "Postal dos Correios", que deixaram o público completamente rendido e a aplaudir efusivamente. De arrepiar, os dois temas em dueto de Rui Veloso e Mariza: o fabuloso "Não queiras saber de mim" e "Transparente", um casamento perfeito entre o fado e o rock. Um momento grandioso que deslumbrou o Atlântico.
Já na recta final, o músico recebeu em palco a marca da dupla platina pelo disco "Espuma das canções" e dedicou uma música ("Jura") ao público que sempre o apoiou, afirmando: «Se não fossem vocês, hoje não estaria aqui». O seu companheiro e letrista de sempre, Carlos Tê, não foi esquecido mesmo a 300 km's de distância.
Depois de dois espectáculos com casa cheia no Porto, Rui Veloso brincou com o público: «Disseram-me que o pessoal aqui em Lisboa não ia aguentar tanto tempo de espectáculo. Mas eu não acredito.» Aguentámos e aplaudimos de pé um concerto cinco estrelas de um (grande) senhor da música portuguesa... que venham mais 25 anos de grandes canções!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Uma frase #1

... do filme Dans Paris* que vale a pena partilhar e cabe a cada um tirar as suas conclusões:

"Há silêncios que são inteligentes"


* de Christophe Honoré com Romain Duris e Louis Garrel.

segunda-feira, novembro 06, 2006

MiraDANÇOU

e foi bombástico... Ou não se tratasse da maior festa de música electrónica jamais organizada em Mira de Aire com o selo da Associação Matajovem e o apoio do Instituto Português da Juventude.
O cardápio agradou a gregos e troianos com um vespertino workshop de hip hop e o conceito nocturno de "cada bar, um estilo diferente", reunindo vários estilos musicais sob um espírito único: a DANÇA. Chill Out/ Lounge, Breakbeat/NewJazz, Hip Hop e House foram os ritmos que se fizeram sentir e ouvir mira acima e mira abaixo.
A noite terminou com chave de ouro no antigo espaço da extinta disco Jazz&Blues com um "filho da terra" no comando da cabine: o DJ Mark O (Fish Night Club, Leiria / raven-records.com) e seu estilo inconfundível.


Do you wanna dance with me!?

domingo, novembro 05, 2006

Sweet November

Mais um filme de serão de domingo na RTP1 que vale a pena destacar.
Em "Sweet November" (1991), Pat O'Connor conta a história de Nelson Moss (Keanu Reeves), um workaholic cuja única relação íntima está a chegar ao fim até conhecer a charmosa Sara Denver (Charlize Theron), que traz de novo um sentimento de romantismo à sua vida. Com a sua simpatia, convence-o a passarem um mês juntos e depois separarem-se: o tempo suficiente para resolverem os seus problemas emocionais. Contudo, as circunstâncias fazem com que Nelson se apaixone cada vez mais por Sara, procurando descobrir qual é o motivo do medo do compromisso que ela tem...
Uma autêntica lição de vida em que uma paixão arrebatadora modifica a vida de um profissional excêntrico que parece ter-se esquecido do que é ser amado por alguém e que, por sua vez, também vai alterar a vida de quem o vai ajudar. No entanto, é necessário a separação de ambos para que nenhum se magoe e possa lembrar apenas os bons momentos que passaram num único mês de Novembro: "A maior prova de amor é deixar a pessoa que se ama ir para não a ver sofrer".
Uma metáfora entre o sonho e a realidade em que as lições estão nos pequenos pormenores. Ora vejamos: se não fosse a persistência de Sara em dar-se a conhecer, Nelson nunca teria reparado na pessoa fantástica que ela é. O que nos faz pensar que, sobretudo em relação ao amor, o orgulho excessivo só nos pode prejudicar. O segredo está no meio termo: dar a conhecer sem se oferecer demasiado. Nada como aproveitar a vida ao máximo e se possível com a pessoa certa mesmo que a tenhamos de ensinar a amar. Diria mais, a ideia de passar um mês com the one deve ser aproveitada todo o ano... oxalá não passasse de uma miragem!


sábado, novembro 04, 2006

Marie Antoinette


Depois de "As Virgens Suicidas" e "Lost in Translation - O Amor é um lugar estranho", Sofia Coppola regressa com mais um filme que merece a maior atenção: "Marie-Antoinette", a adaptação do livro de Antonia Fraser, "Marie-Antoinette - The Journey" sobre a mulher que se tornou rainha de França aos 19 anos quando casou com Luís XVI.
Filha do imperador austríaco Francisco I, Marie-Antoinette (Kristen Dust) saiu da Aústria com apenas 15 anos para casar com o futuro rei de França, Louis XVI (Jason Schwartzman), instalando-se na traiçoeira corte francesa. Um casamento de fachada, um jogo político que pretendia unicamente cimentar a relação entre duas nações. Uma monarca incompreendida escondida no fausto de Versalhes, uma mulher assustada e rodeada de falsos e traidores, que estava longe de ser a governante que os franceses ansiavam. A quase indiferença do seu marido, numa relação mais protocolar do que afectiva, e os rumores sobre a demorada gestação do herdeiro acentuam a sua infelicidade, levando-a a procurar refúgio na decadência da aristocracia francesa.
"Marie-Antoinette" não se trata do típico filme biográfico, nem histórico, levando-nos numa viagem introspectiva a uma das famosas figuras da história: a última rainha de França, Marie-Antoinette. Uma nova visão da sua vida e morte. O registo de Coppola distingue-se pela ousadia de retratar a figura de uma rainha mais humana, frágil e desenquadrada sem cair na tentação de mostrar o desenlace mais mediático da sua história. O desempenho de Kirsten Dust é perfeito ao possuir o rosto de menina obrigada a virar rainha, sem contudo perder o ímpeto de quem se vê subitamente espartilhada perante um meio feito de múltiplas linguagens e ironias.
Filmado em locais que habitualmente não o permitem - como o Palácio de Versalhes - este filme tem ainda a originalidade de incluir música contemporânea na sua banda sonora (The Cure, New Order, Phoenix, The Strokes, entre outros), o que é inédito em filmes de época. Destaque ainda para outros elementos decisivos para caracterizar o ambiente de França no século XVIII: o guarda-roupa e cenografia.
Outro facto a salientar é o aparecimento duns ténis All Star azuis, na cena em que Marie escolhe avidamente sapatos! Certamente que naquele tempo os All Stars não tinham muitos adeptos...
Um filme que se centra na vida ociosa de Versalhes em vésperas de Revolução Francesa, onde imperava a ostentação e opulência excessivas. Uma perspectiva moderna do universo controlado da realeza... Voilà!