domingo, março 30, 2008

Fugaz...

... é o adjectivo ideal para qualificar este fim-de-semana na capital. Estes dois dias voaram à velocidade da luz. Houve tempo para tudo e quase nada. Dormir, dormir e muito... diria mais uma autêntica maratona do sono para compensar o cansaço acumulado durante a semana.

Sexta-feira é O dia mais desejado, o mais-que-tudo da jornada de trabalho. Nada melhor do que brindar a chegada do fim-de-semana com uma sessão de cinema.


Nunca é tarde demais - no original The Bucket List - junta dois dos melhores e mais consagrados actores de Hollywood, Jack Nicholson (Edward Cole) e Morgan Freeman (Carter Chambers). Cole é um multi-milionário e Carter é um simples mecânico. Estes dois homens na casa dos 60 têm em comum uma doença terminal que ditará o resto das suas vidas, conhecem-se ao partilhar o mesmo quarto de hospital e a partir daí tornam-se amigos e partilhadores de uma lista de desejos que pretendem realizar até ao fim dos seus dias, embarcando numa jornada que os levará a conhecer o melhor da vida.
Um filme optimista e colorido, como a vida, apesar da sua vertente trágica.


O sábado de sol mereceu um passeio pelo Chiado com direito a paragem no renovado miradouro de S. Pedro de Alcântara. As obras de remodelação demoraram tanto tempo que já nem me lembrava daquela vista sublime sobre a minha Lisboa.

Fotos roubadas daqui


A Primavera tomava conta da cidade e convidava a esplanar na companhia de um livro ou jornal.

Domingo foi dia de me irritar por encontrar o meu red mobile com a porta do condutor vandalizada. E o que roubaram!?!? NADA... não tinha nada para tirarem. Uma vergonha!!! Quem estraga aquilo que é dos outros por caprinho ou maldade, é porque a vida não lhe custa a ganhar. Depois foi tempo de ir digerir o sucedido para o cinema: There Will Be Blood (Haverá Sangue), um intrigante épico sobre família, ambição, fé e petróleo.

O filme peca por ser um pouco longo demais (quase 3h em que os primeiros 20 minutos não têm uma única fala!), mas tem Daniel Day-Lewis na pele de um prospector de petróleo em ascensão. Um papel estrondoso, magnífico, fenomenal, que enche o écran. Sublime... Lewis é O filme... O melhor! Vale a pena ver só por ele...

sábado, março 29, 2008

Ausente...

... do blog, das sessões de internet by night... é assim a vida de quem passa o dia ao computador... acorda antes das 7h da matina e chega a casa quase 12h depois... cansada do trabalho... de tudo... e só quer uma coisa: paz e descanso no conforto do sofá, da cama e mais horas de sono. Amanhã será outro dia...

Nos entretantos, passou-se o Dia Mundial do Teatro (27 de Março) sem ir ao teatro... e o calendário diz que já estamos na Primavera apesar das condições metereológicas dizerem o contrário. Típico...

quinta-feira, março 20, 2008

Into the Wild

... ALONE... just living...
... é a adaptação cinematográfica do sucesso literário de Jon Krakauer. Realizado por Sean Penn, é, acima de tudo, uma história de auto-suficiência e sobrevivência, misturando a sensação de aventura com o duelo interior da personagem principal, Christopher McCandless (Emile Hirsch), um recém licenciado de 22 anos. Os graves problemas de comunicação com os pais e o facto de viver num mundo à parte, solitário e confuso, fazem com que sinta necessidade de fugir da sua vida actual e embarque numa viagem espiritual até ao remoto Alasca à procura de respostas, assumindo em pleno a sua nova identidade de Alex Supertramp. Partiu para longe de tudo e de todos, deixando para trás uma vida invejada por muitos.
Mais do que uma viagem interior, embarcamos rumo às magníficas paisagens do belo e imponente Alasca... ao silêncio de pensamentos e sentimentos mais íntimos e profundos. Ao longo do filme, vemos Chris - ou melhor Alex - em constante mudança umas vezes para melhor, outras para pior, tornando-se num símbolo de resistência e de força. Será que todas essas transformações valem a pena!?!? A resposta está na essência de cada um de nós e na viagem que fazemos para a (re)descobrir...
Uma história estimulante e sincera. Uma lição de vida... com a banda sonora perfeita: Eddie Vedder, que consegue transmitir ainda mais magia ao filme.

"Happiness is only real when shared
"

domingo, março 16, 2008

Fuga à rotina

... cinematográfica! Três filmes diferentes do habitual... cada um no seu estilo inconfundível!

Sedução, Conspiração de Ang Lee

... é um thriller erótico de espionagem, baseado no conto auto-biográfico da autora chinesa Eileen Chang, sobre a vida de uma inocente rapariga que se torna uma exímia espia entre 1938 a 1943, durante a ocupação japonesa da China. A duração é algo extensiva. As cenas tórridas são abundantes na medida em que o desejo faz mover toda a história. É um filme em que o olhar é substituído muitas vezes pelas palavras...

Merece ser visto por quem é fascinado pelo Oriente, mas a sua passagem pelas salas nacionais foi breve... Aguardemos pela edição em dvd.


... é um retrato da mulher em geral, realizado pela estreante Nadine Labaki, que também interpreta o papel principal. Dedicado à "sua" Beirute, é o primeiro filme libanês que não fala da guerra que o país vive, mas de pessoas, tentando mostrar como vivem as libanesas, entre o comportamento exigido pela sociedade, a religião e as suas próprias ideias.
O título suculento não foi escolhido ao acaso e é uma metáfora para a vida das cinco mulheres da história, cuja a acção tem lugar no salão de beleza «Si Belle», pouco antes da invasão israelita do Líbano. De idades e estados sentimentais variados, cada uma tem a sua particularidade. No seu conjunto, representam o mundo da mulher. Como é tradição no Líbano, fazem a depilação com caramelo, que vão provando antes de aplicar nas clientes. O caramelo representa a dualidade da vida das libanesas: tanto é um doce, como se transforma num pesadelo na altura da depilação.
Nenhuma das personagens é interpretada por actrizes profissionais: Nadine procurou mulheres normais para o elenco para dar mais realismo ao filme. Prova superada...
Uma agradável surpresa da sétima arte... e uma homenagem ao mundo feminino e seus meandros!


... foi nomeado para melhor filme na edição dos Óscares deste ano, mas não passou disso apesar de ter merecido mais. Juno é uma adolescente de 16 anos, interpretada pela jovem actriz Ellen Page, que engravida acidentalmente como resultado de uma relação de paixão de escola, que cresce com o desenrolar da história e ganha grandiosidade nos momentos finais. Como não se sente preparada para ser mãe tão jovem, nem está disposta a acabar com uma vida inocente, Juno resolve servir de barriga de aluguer e dar a criança para adopção a um casal simpático que esteja disposto a amá-la e a fazer tudo aquilo que ela não se sente capaz de fazer. A dado momento, apercebe-se que está a lidar com coisas maiores do que a sua maturidade.
Um filme cativante e inocente que nos faz regressar à adolescência durante hora e meia.

domingo, março 09, 2008

Últimos minutos...

... de férias!!! Amanhã, regresso à selva do mundo do trabalho com uma vontade abaixo de zero...

sexta-feira, março 07, 2008

All by myself @ Cuba

Uma semana diferente lá longe... nas Caraíbas... e na melhor das companhias: a MINHA!!! Uma experiência única e inesquecível. Voltei outra e com a sensação de férias à séria. Magnífico...

Cuba ganhou um lugar no meu coração pela simplicidade, simpatia e disponibilidade das suas gentes, que não se aproximam dos turistas apenas por interesse, mas também, e sobretudo, por genuína curiosidade. À primeira vista, tive a sensação de aterrar num mundo que parou no tempo. Os carros são autênticas banheiras andantes da última metade do século passado, herdados da presença americana.

O parque automóvel cubano

O desporto nacional é o basebol... Espantados?!? Também fiquei... surpreendida de não ver a miudagem a jogar à bola com os pés. Outro hábito estranho é a concentração de gente na entrada/saída das cidades, pedindo boleia uma vez que a rede de transportes públicos é algo praticamente inexistente. Nos automóveis cubanos, há sempre espaço para mais um...

Um país de contrastes em que a beleza natural anda de mãos dadas com a pobreza e a opressão de um regime não democrático. Fidel Castro é uma espécie de tabú nacional: ninguém fala ou sabe da vida do Comandante. A imagem de Che Guevara está em toda a parte seja em t-shirts, boinas ou no mural gigante da Praça da Revolução em Havana. Um herói...

O mítico Che

Praça da Revolução em Habana (como se diz em cubano, lol)

Jamais esquecerei a cor turquesa daquele mar - que se confunde com o céu - à temperatura ambiente: uma espécie de amor ao primeiro mergulho.

O mar das Caraíbas é único... quem conhece, não esquece!!!

Em nenhuma parte do globo, o sol dá tréguas, contudo tive a sorte (ou azar) de apanhar as quatro estações do ano na mesma semana.

A bonanza dos primeiros dias deu lugar...

... a uma espécie de tempestade a meio da semana!

Nos primeiros dias, reinou o relax ao sol na espreguiçadeira da primeira linha da água entre mergulhos, piñas coladas e leituras com a banda sonora perfeita: o suave rebentar das ondas na praia. Ingenuamente, pensei que estava perante o melhor das Caraíbas, mas enganei-me... havia um mundo por descobrir: o cuban way of life.

A um passo do Paraíso...

Sempre à espera da gorjeta(lol), os cubanos são respeitadores e mestres na arte de bem receber no seu espanhol adoçicado pela brisa do Caribe. O sorriso genuíno é a sua imagem de marca apesar de todos os reveses e limitações. Qualquer estrangeiro sente que Cuba es su casa. Na verdade, mandar notícias de lá é uma autêntica odisseia... cada chamada telefónica custa, por mais curta que seja, uma pequena fortuna. Quem leva cartões MARCONI não os consegue utilizar; é dos poucos países do mundo em que não funcionam.

Varadero é uma estância balnear que delicia canadianos, espanhóis, portugueses e outros cidadãos do mundo, satisfazendo na perfeição quem vai em busca de muito sol, praia e mar, mas Cuba está cheia de encantos mil. Não faltou o passeio de coco - um veículo de duas rodas em forma de coco -, nem a perdição nos mercados de rua com o artesanato típico de telas e cerâmicas. Recuerdos dos trópicos...

Praia, praia e mais praia... a perder de vista!!!

Desbravar Cuba a bordo de um Coco...

Mercados de ruas têm tudo... e mais alguma coisa!

Havana é uma cidade velha, com história e charme, que impressiona pela sua exótica mistura arquitectónica, combinando edifícios históricos, herdados da arquitectura colonial espanhola, mansões do século XIX e edifícios modernistas. É pena que a maioria esteja bastante degradada à excepção da Velha Havana, eleita pela UNESCO, como Património da Humanidade.

Pelas ruas de Habana...

O centro de Habana, património da UNESCO...

Encontra-se facilmente pela rua o Cubano com o seu charuto, mas as condições precárias do fabrico dos puros e dos seus trabalhadores deixam muito a desejar. O rum é a "vitamina" nacional, sendo imprescindível nos cocktails nacionais como mojito, daikiri ou piña colada. De facto, tem outro sabor... tropical... mais intenso... Havana Club. A música cubana ecoa por toda a parte... salsa, rumba, mambo... ritmos calientes num ambiente fantástico.

À saída do Museu do Rum... havia um shot à minha espera!!!

O Crucero del Sol foi inesquecível... um dia passado no mar a bordo de um catamaran. A saída da marina de Varadero teve como destino o delfinário natural em pleno oceano, onde pudemos nadar e tirar fotos com os golfinhos - que ternura! Seguiu-se uma zona lindíssima de corais e o almoço foi em Cayo Blanco... uma ilha tentadora de intensa vegetação, águas cristalinas e areias brancas. Um paraíso perdido digno de capa de revista.

A caminho de Cayo Blanco...

... encontrei um amigo muito especial...

Cuba é muito mais do que charutos, rum e praias... há uma alma cubana que merece ser desbravada. O doce encanto caribenho... de quem vive seriamente na boa! O destino ideal para umas férias de sonho a sós ou acompanhada. As memórias são mais que muitas e não couberam todas no cartão de memória da máquina fotográfica! ;)

Na hora do adeus, sinto que hei-de voltar... Até sempre... Ou melhor horita vengo. Uma vez mais... e mais... e mais.... e mais... e mais :)

Calor (humano)

rUm

HaBana

mAr

terça-feira, março 04, 2008

De volta...

de uma semana relaxante... longe de tudo e todos! Sem telemóvel, internet ou outras dependências contemporâneas. Just me, myself and I... numa ilha fantástica com mar, sol, praia, salsa, piñas coladas e um povo caloroso apesar das precárias condições de vida. Uma viagem a um passado que não vivi: Cuba parou no tempo (anos 50) e vive à margem de tudo e todos. Daí o seu encanto. Saudades daquela vida boa e da brisa das Caraíbas. (suspiro)

PS- Os relatos pormenorizados seguem dentro de instantes... é só o tempo de me ambientar à vida de sempre.