Mais uma matiné com um público mais velho e experiente que o próprio filme exigia e realmente vale a pena ver: Amália - o filme. Uma homenagem à diva do fado, que levou Portugal aos cantos do mundo, uma sedutora nata, com espírito rebelde e irreverente para a época. Um retrato da sua vida bastante conturbada, de altos e baixos, o que explica em parte o porquê daquele fado, de tanta tristeza e amargura, com uma família interesseira e um público que a amava.
As recordações da sua infância são uma constante: quando foi deixada com os avós, Amália (Sandra Barata Belo) cantava na rua e as pessoas pagavam para a ouvir cantar. Rejeitada pela família, é obrigada a casar pela primeira vez, descobrindo que é traída pelo primeiro marido, Francisco Cruz (José Fidalgo), e o seu segundo namorado Eduardo Pita Ricciardi (Ricardo Pereira), apaixonando-se por um homem que acaba por morrer, o banqueiro Ricardo Espírito Santo (António Pedro Cerdeira), o que deixa o seu caso amoroso envolto num secretismo. O resto da sua vida vive com um homem (Ricardo Carriço interpreta um brasileiro com um sotaque rídiculo) com quem não tinha qualquer relacionamento amoroso, vivendo em pontas separadas da casa.
Amália privou com altos senhores da aristocracia europeia, bem como com o próprio Salazar e foi a diva (in)compreendida portuguesa do século XX. Uma das grandes personalidades, que ostentou o coração português, levando o nosso país ao mundo e o mundo ao nosso país.
A película tem uma excelente qualidade fotográfica e a protagonista perfeita. Bravo! Se Amália fosse viva, diria certamente: obrigada...
“Todos pensam que Amália morreu em 1999… enganam-se”
1 comentário:
Pois para ver este filme aqui no cimena - i dont think so .. tenho pena ate queria ir ver este filme .. snif snif ..
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